“A Santa Casa, pelo passado, vai ser caso de polícia. Vão ter operações da polícia fazendária e haverá prisões por aí. Pode atingir ex-integrantes da prefeitura e pode atingir ex-integrantes da Santa Casa”, alertou o vereador Toninho de Souza (PSD), em entrevista exclusiva ao jornalista Edivaldo Ribeiro, para o site O Bom da Notícia.
A menção refere-se ao fato de que a Santa Casa de Misericórdia, em Cuiabá, passa por uma das maiores crises enfrentadas, culminando com a renúncia do presidente, o médico Antônio Preza, em 29 de janeiro deste ano.
Segundo o parlamentar, que iniciou o movimento “Santa Casa de Portas Abertas”, no início deste mês, na Câmara de Cuiabá, o Ministério Público Federal (MPF), em conjunto com o Ministério da Saúde, detectou irregularidades na gestão passada durante auditoria realizada.
“Só pra citar um exemplo: existem R$ 14 milhões de serviços recebidos e não prestados pela Santa Casa, não estou falando de emendas federais, tô falando de recursos repassados pela Prefeitura, por que não existe dinheiro colocado de graça na Santa Casa. Quando é repassado dinheiro há uma contrapartida, o serviço precisa ser prestado”, explicou o vereador, que ainda citou o ex-secretário municipal de Saúde, Huark Douglas Correia, alvo da segunda fase da Operação Sangria, deflagrada em dezembro do ano passado.
“Mas eu entendo o seguinte, a população não pode ser penalizada por erros cometidos, erros que Huark cometeu, erros que a diretoria antiga da Santa Casa cometeu”.
Para Toninho, que deve também exercer mandato de deputado estadual, pois ocupa a 1ª suplência do partido na Assembleia Legislativa, a instituição precisa voltar a atender a população com urgência, pois presta serviço de saúde de extrema necessidade.
“A Santa Casa com as portas fechadas é o povo que padece, aquele paciente que precisa de cirurgia de vesícula, de apêndice, cirurgias das mais diferentes complexidades, que para os médicos não correm o risco de morte, mas significa sofrimento para o paciente”, justificou.
Veja a íntegra da entrevista