O governador Mauro Mendes (DEM) recebeu nesta quinta-feira (27), representantes bolivianos para tratar sobre a possibilidade da construção de uma sociedade entre as empresas estatais Companhia Mato-Grossense de Gás (MT Gás) e Yacimientos Petroliferos Fiscales Bolivianos (YPFB), para fornecimento de gás natural.
Segundo o governador, as tratativas iniciaram após visita a Bolívia, realizadas há um mês, para tentar dar continuidade no fornecimento do gás “já que esse foi o grande problema que nós convivemos ao longo de mais de 15 anos, desde que foi inaugurada a termoelétrica em Cuiabá”.
A reunião contou com a presença do ministro de Hidrocarburos, Luis Alberto Sánchez Fernández, e o presidente da estatal de gás YPFB, Oscar Barriga Arteaga.
“Essa possibilidade agradou muito aos bolivianos, ela é muito simpática no ponto de vista dos interesses deles e faz muito sentido para que nós possamos ter um empresa que realmente tenha o gás e que possa fazer dessa matriz energética uma alternativa interessante, sobretudo, para alavancar o desenvolvimento das indústrias da baixada cuiabana”, disse Mendes.
Ele ainda comentou que a sociedade entre dois governos de países diferentes não é simples, por isso, será criado um grupo de trabalho com representantes do governo da Bolívia e com o governo de Mato Grosso para discutir premissas da sociedade. A intenção é que o contrato esteja finalizado nos próximos 15 dias para retomada do fornecimento do gás em Cuiabá.
“Nós estamos evoluindo nessas tratativas para que possamos consolidar dentro de algumas semanas um contrato sobre qual estará sentado todas estas interesses. Um contrato desta natureza ele tem que ser discutido encima de alguns detalhes como marcos legais, que vão regulamentar a vida de uma sociedade ao longos anos pela frente”, frisou.
Mendes comentou que no Brasil há uma mudança no marco regulatório do gás, que força a Petrobras a mudar suas perspectiva sobre a oferta nos poços do pré-sal de gás natural a partir de 2026.
“A Bolívia como é nosso país vizinho, nós temos um gasoduto chegando aqui, por isso, faz muito sentido pra eles e pra nós criarmos essa parceria, Porque mesmo que tenha abundância de gás em toda a região Sul e Sudeste dificilmente vai se construir outro gasoduto para vir de lá para chegar aqui então a única estrada, caminho, é o gás boliviano”, defendeu.