JLSIQUEIRA
Sem realizar uma oposição ferrenha como a do deputado tucano, Wilson Santos, que aponta em seus discursos, no Legislativo, o que julga como erro, cada passo do governo de Mauro Mendes (DEM), o parlamentar petista Lúdio Cabral opta, no entanto, em contrapontos.
Assim, se posiciona contra algumas medidas do chefe do Executivo estadual, ao julgá-las austeras ou insólitas.
É sob este olhar, que quer sustar o Decreto Governamental nº 176/2019, que prorroga por mais 120 dias a situação de calamidade financeira em Mato Grosso.
Para ele, o argumento do governador para decretar situação de calamidade financeira não se sustenta, pois o Estado deixa de arrecadar "um valor exorbitante" com as renúncias fiscais. Citando o orçamento deste ano que prevê renúncias de R$ 3,4 bilhões.
“É antagônico o discurso de necessidade de equilibrar as finanças do Estado com o favorecimento às poucas empresas concentradas ‘nas mãos’ das famílias mais ricas do estado”, observou o deputado no projeto.
Ainda para o petista, o decreto de calamidade funciona mais como peça de propaganda do governo de Mato Grosso, como forma de potencializar uma suposta crise financeira, lembrando que mesmo a Secretaria do Tesouro Nacional não reconheceu o decreto, de modo que não foi útil para facilitar a liberação de crédito junto ao governo federal, nem abriu aos governos estaduais a possibilidade de parcelar ou atrasar dívidas.