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POLÍCIA Sexta-feira, 26 de Abril de 2019, 18:11 - A | A

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FEMINICÍDIO - MT

Acusado de matar boliviana a pedradas e desfigurar seu rosto é condenado a 19 anos de prisão

O Bom da Notícia

Paulo Henrique Batista, de 25 anos, foi condenado a 19 anos e três meses de prisão em regime fechado, na quinta-feira (25), em Sinop, a 503 km de Cuiabá. Ele é acusado de matar a pedradas, a boliviana Eugênia Surubí Parabá de 45 anos. O rosto da vítima ficou desfigurado pelos golpes.

 

A condenação foi proferida pela Juíza Rosângela Zacarkim dos Santos, na Comarca da cidade. O crime ocorreu em setembro de 2017.

 

"Os jurados entenderam que o réu cometeu o crime por motivo fútil, meio cruel e mediante recurso que dificultou a defesa da vítima", segundo trecho da decisão.

 

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De acordo com a Polícia Civil, o corpo de Eugênia, que trabalhava como diarista, foi encontrado por moradores do Bairro Jardim Conquista. O rosto estava desfigurado e com marcas de pedradas. A vítima foi encontrada seminua, com o short até o joelho e a blusa acima dos seios.

 

Ainda segundo as investigações, o acusado, inicialmente, era testemunha do crime e, posteriormente, passou a ser investigado como autor do homicídio. No dia seguinte ao homicídio, os investigadores receberam denúncia de que Paulo Henrique havia presenciado uma discussão entre a vítima e dois homens.

 

Ao ser chamado para depor, ele contou que um dos homens cobrava uma dívida e o outro seria o namorado de Eugênia. Na época, a então testemunha, informou que a vítima teria subido na motocicleta do namorado e depois saíram em direção ao bairro, onde foi encontrada morta.

 

O namorado da vítima foi identificado e, ao ser ouvido, negou ter matado a mulher. Passado alguns dias, Paulo Henrique prestou outro depoimento e reconheceu com 100 % de certeza o namorado da vítima, como sendo o homem que havia visto Eugênia subir na garupa da motocicleta.

 

Depois de entregar o namorado da vítima, Paulo Henrique procurou a Delegacia e disse que estava sendo seguida por uma motocicleta vermelha, a mesma moto de propriedade do namorado da vítima.

 

A prisão temporária do namorado da vítima foi decretada, por ser considerado suspeito do crime, mas posteriormente os policiais aprofundaram as investigações e passaram a desconfiar de Paulo Henrique, que acabou reconhecendo uma motocicleta diferente da que havia informado que estava seguindo.

 

Novamente ouvido, Paulo Henrique apresentou contradições e, sem saída, acabou confessando o crime.

 

Ele informou que voltava do trabalho por volta das 00h45, quando encontrou com a vítima na rua. O acusado disse que a mulher o teria chamado para um programa sexual, no valor de R$ 50, mas a vítima interrompeu o ato sexual e tentou correr, quando o suspeito a agarrou pelos cabelos e lhe deu uma rasteira.

 

Segundo Paulo Henrique, a vítima tentou se soltar chutando-o e gritando. Paulo Henrique pegou um pedaço de pedra e deu três golpes contra a cabeça da vítima. Em seguida, fugiu do local.