Após quase três meses, a Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO) ainda aguarda o resultado da perícia no celular de uma vigilante rendida, em atentado a um carro forte no supermercado Atacadão, ocorrido em 10 de maio, em Cuiabá.
O delegado Flávio Stringuetta afirmou nesta sexta-feira (5), ao O Bom da Notícia que o prazo pedido pela Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec) era de 30 dias, no entanto, o relatório ainda não foi encaminhado e, de acordo com ele, não foi informado o novo prazo.
“Infelizmente não chegou resultado de perícia e nem da análise dos dados dos celulares. Está bem parado isso. Estamos esperando. O prazo era de 30 dias, mas já passou. Mas não temos mais nada desse caso”.
A vigilante que trabalha há mais de 10 anos na empresa Brinks carro forte foi colocada como suspeita de participar da quadrilha. De acordo com Stringuetta, a polícia não tem informação de outras pessoas que podem estar envolvidas no crime. Há suspeitas de que haja pelo menos 10 integrantes, inclusive presos do Comando Vermelho, de estarem envolvidos. A tentativa de assalto terminou com três criminosos mortos.
O celular da mulher [vigilante] foi apreendido no dia do crime, após ela ser acusada de informar à quadrilha o trajeto do carro-forte da empresa Brinks, que seria atacado pelos criminosos.
Em interrogatório, a vigilante negou qualquer envolvimento com o grupo criminoso. Ela foi ouvida e liberada. O assalto aconteceu em 10 de maio no supermercado Atacadão do Tijucal, quando cinco suspeitos armados chegaram ao comércio.
O carro-forte estava estacionado e os servidores se preparavam para abastecer os caixas eletrônicos quando três dos criminosos invadiram o local. Um dos suspeitos agarrou a vigilante e ambos caíram no chão.
Nesse momento, outro segurança da Brinks se aproximou da dupla e atirou contra o assaltante, que morreu na hora. A polícia chegou logo em seguida e houve confronto.
Dois criminosos foram baleados e um deles morreu no local. O outro faleceu na ambulância que o levava para o hospital. Outra dupla conseguiu fugir, mas foi presa no dia seguinte.
Houve desespero e corrre-corre no supermercado, mas nenhum cliente ou trabalhador do Atacadão foi ferido .
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