Domingo, 12 de Maio de 2024

POLÍCIA Quarta-feira, 09 de Outubro de 2019, 11:36 - A | A

Quarta-feira, 09 de Outubro de 2019, 11h:36 - A | A

CASO MIRELLA

Justiça prorroga prisão de madrasta suspeita de matar criança para ficar com herança

Rafael Medeiros - O Bom da Notícia

A madrasta Jaira Gonçalves de Arruda Oliveira, 42 anos, suspeita de envenenar e matar menina de 11 anos para ficar com herança tem prisão prorrogada pela Justiça por mais 30 dias. A mulher foi presa no dia 9 de setembro, como principal suspeita de envenenar a conta-gotas, a enteada Mirella Poliane Chue de Oliveira. A suspeita nega o crime.

 

Nesta terça-feira (8), o pai da menina, José Mário Gonçalves de Oliveira, foi mais uma vez interrogado na Deddica. Ele continua negando qualquer participação na morte da filha. Os delegados Francisco Kunze e Wagner Bassi Júnior que atuam na investigação, já ouviram mais de 10 testemunhas e continuam fazendo diligências.

 

A criança chegou em óbito a um hospital privado de Cuiabá, às 15h17, do dia 13 de junho deste ano. Depois de uma sequência de internações e ainda por suspeita, inicial, de que a menina teria sido vítima de abuso sexual, a equipe médica encaminhou o corpo de Mirella para exames de necropsia, junto ao Instituto de Medicina Legal (IML) da Capital. 

 

O laudo descartou abuso sexual, mas comprovou presença do veneno carbofurano, um defensivo agrícola altamente tóxico, no organismo da criança.

 

A investigação prosseguiu pela Delegacia Especializada de Defesa dos Direitos da Criança (Deddica), que obteve na Justiça, um mandado de prisão contra Jaira, a principal suspeita do crime, já que era a única responsável pelo cuidado com a enteada, que passou a morar com o pai e a madrasta depois da morte dos avós paternos, que a criaram desde que a mãe morreu em decorrência de uma forte hemorragia, logo após o parto. 

 

Foi justamente por causa da indenização de cerca de R$ 800 mil, obtida na Justiça, em decorrência da morte precoce da mãe Poliane Chue Oliveira, na época com 22 anos, que a menina teria virado alvo da cobiça da madrasta. Saques indevidos na conta da vítima também reforçaram as suspeitas contra a madrasta. 

 

Leia também: Menina envenenada queria conversar com conselho tutelar, mas não teve tempo e morreu