Divulgação de falsas notícias, as fake news em redes sociais, prejudicam buscas e investigação do desaparecimento da criança Samuel Victor da Silva Gomes Carvalho, 6 anos, ocorrido no domingo (20), em Rondonópolis (212 km ao sul).
Na terça-feira(22) uma suposta “vidente” entrou em contato com a família dizendo que teve uma visão com choro da criança, em uma área de mata do bairro Jardim Iguaçu, onde Samuel reside com a avó materna e os tios. Depois que duas equipes de policiais militares e uma de bombeiros fizeram varredura no local veio a informação de que se tratava de uma “visão”.
“Samuel foi visto pela última vez no domingo, pela avó, mas caso chegou à Polícia na segunda-feira”
Segundo a tia de Samuel, Mirian Ferreira da Silva, 19, o sobrinho foi visto pela última vez pela mãe por volta das 14h, quando pediu para que a avó fizesse arroz doce para ele. Pulou o muro e saiu para a rua, para brincar com outros meninos, como era de costume. A avó, que tem a guarda de Samuel e cuida dele há cerca de 5 anos, começou a se preocupar quando começou a anoitecer e ele não voltou para casa.
O menino sempre antes das 18h voltava para a casa para se preparar para ir até a igreja Batista, localizada no bairro. Segundo a tia, ele é muito comunicativo e todos gostam dele lá. A avó passou a procurar ele nas casas vizinhas e foi informada por moradores que pouco antes da chuva que caiu no início da tarde, Samuel foi visto brincando com outros meninos, próximo a um mercado. Mas depois não foi mais visto. A tia não tem certeza se ele chegou a passar em casa antes, pois ela estava trabalhando e a avó estava sozinha com Samuel.
Como a criança não apareceu começaram as buscas, divulgadas inicialmente pelas redes sociais. De acordo com Mirian, o sobrinho faz acompanhamento neurológico, mas ainda não foi diagnosticado qual o problema dele. Mas é uma criança esperta e comunicativa. Já iniciou a alfabetização na escola municipal do bairro. Mas o fato de confiar em qualquer pessoa que lhe ofereça doces ou prometa levar ele até a casa da mãe, aumenta o temor da família. Era comum ele sair, mas nunca ficou tanto tempo afastado. Ontem familiares foram até a Câmara Municipal, pedir apoio a vereadores.
O caso é investigado pela Delegacia Especializada de Defesa da Mulher, Criança e Idoso do município, depois que a avó fez o registro do desaparecimento, na manhã de segunda-feira (21), na 1ª Delegacia de Polícia.