Bruno Cidade/MidiaNews
Após divergências com membros do PSL, principalmente durante o período eleitoral, e buscando espaço político de olho em uma possível candidatura à Prefeitura de Cuiabá, o ex-deputado e ex-assessor da gestão Jair Bolsonaro, Victorio Galli, deixará o partido de Bolsonaro e poderá migrar para o Patriota.
“A gestão de Victório Galli em frente ao PSL foi marcada por diversas rusgas, principalmente com a senadora Selma Arruda e com o ex-prefeito de Sorriso, Dilceu Rossato”
A informação é do presidente do diretório estadual do PSL, deputado Nelson Barbudo. Ao ‘O Bom da Notícia', ele comentou que não tem nada contra Galli e que ainda não discutiu sobre sua saída.
Já o presidente do diretório estadual do Patriota, o ex-deputado Adalto de Freitas, o Daltinho, confirmou que Galli deverá se filiar na sigla e que pode assumir o comando da sigla em Mato Grosso após sua filiação.
A gestão de Victório Galli em frente ao PSL foi marcada por diversas rusgas, principalmente com a senadora Selma Arruda e com o ex-prefeito de Sorriso (398 km de Cuiabá), Dilceu Rossato.
Durante o período de eleitoral, Dilceu Rossato, que era pré-candidato do partido ao Governo do Estado, anunciou desistência após ficar irritado com as articulações de Galli sobre apoio à reeleição de Pedro Taques. Na época, Rossato acusou o presidente de fazer jogo sujo e agir somente com objetivo de favorecer sua reeleição a deputado federal.
Além disso, ainda neste período, Dilceu pediu aos eleitores que não votassem em Victório Galli. Em vídeo divulgado em suas redes sociais [veja abaixo], disse que o partido estava caminhando bem e depois da entrada de Galli acabou com todos os projetos.
Revelando também que Galli teria pedido R$ 2 milhões para apoiar sua candidatura ao governo. Galli negou, claro, as informações divulgadas pelo ex-prefeito de Sorriso.
No mesmo período, ele teve divergências com a então candidata ao Senado, Selma Arruda, após ela ter anunciado a saída da coligação “Segue em frente Mato Grosso” encabeçada por Pedro Taques, que acabou saindo derrotado das urnas. O imbróglio ocorreu devido a divisão do tempo de TV e Rádio, na mesma chapa tinha dois candidatos ao Senado, Selma e o ex-deputado Nilson Leitão.
Selma afirmava que havia um acordo para divisão do tempo de propaganda, o que não teria sido acatado pela coligação. Após o desentendimento, Galli, na época, não deixou de apoiar Taques e Leitão.
Novo partido
O presidente do Patriota, Daltinho disse ao ‘O Bom da Notícia’ que o convite ao Galli surgiu após discussões internas, com respaldo do diretório nacional.
Quanto a intenção de Victório Galli de ser candidato à prefeitura, Daltinho falou que a ideia ainda não entrou em pauta e que deve ocorrer após filiação dele na legenda.
Nos bastidores comenta-se que a mudança de partido pode ser uma estratégia de Galli para viabilizar um espaço maior para que possa construir seu projeto, já que as lideranças do PSL defendia sua candidatura, deste que estivesse bem nas pesquisas eleitorais.