(Foto: Secom-MT)
Contratos com os 100 maiores fornecedores da administração estadual passarão por uma fina análise no governo. De olho na redução dos gastos, este é o segundo passo que a gestão realiza, mirando o reequilíbrio fiscal e financeiro do Estado.
O secretário-chefe da Casa Civil, Mauro Carvalho, pontuou que a reavaliação será uma oportunidade para que o Estado conheça a fundo os principais fornecedores, além de buscar economia aos cofres públicos.
“Encontramos um contrato para manutenção de ar-condicionado, que no mercado tem um custo em torno de R$ 70 para cada aparelho, no Estado, entretanto, estava sendo cobrado R$ 550”
Em entrevista nesta última terça-feira (12), à Televisão Brasil Oeste, o secretário revelou que os contratos precisam ser reavaliados, inclusive, para saber o tamanho dos serviços e de seus custos junto ao governo.
"Todos os fonecedores do governo serão chamados à Casa Civil e junto com os demais secretários, reavaliaremos todos os contratos de gestões anteriores, desde serviços básicos como limpeza, alimentação e fornecimento de material de expediente, até a compra de medicamentos, locação de viaturas e prestação de serviços médicos e hospitalares”.
Ainda de acordo com o secretário-chefe da Casa Civil, a reanálise deverá levar em conta não apenas o valor do contrato, mas também o serviço prestado e a dívida da administração estadual com a empresa.
Ainda pontuando que todos os secretários estão buscando a redução das despesas em suas respectivas pastas, como determinação do governador Mauro Mendes, desde o início da gestão.
"Assim, o primeiro passo foi a redução com a folha de pagamento, enxugando o número de servidores comissionados, contratados e terceirizados. Outras despesas como com fornecimento de água, energia elétrica e material de escritório também estão sendo reduzidas".
Para Mauro Carvalho, esta revisão nos contratos - como um segundo passo -, deverá ajudar na retomada do crescimento e dos investimentos no Estado.
“Encontramos um contrato para manutenção de ar-condicionado, que no mercado tem um custo em torno de R$ 70 para cada aparelho, no Estado, entretanto, estava sendo cobrado R$ 550". Pontuando também que foram encontradas algumas inconsistências em contratos de locação de veículos, assim, necessitando que tudo seja avaliado.
“O Estado não consegue negociar os melhores preços porque está devendo e é isso o que acontece quando se tem uma dívida. Mas quando estiver tudo em dia, o Estado poderá voltar a comprar bem, o que garantirá maior eficiência e eficácia na prestação dos serviços, com menores custos”, Carvalho
A dívida total do Estado alcança o montante de R$ 3,7 bilhões. Em fevereiro, o déficit da administração estadual foi de R$ 118 milhões e as despesas não pagas contabilizaram R$ 163,7 milhões.
Mesmo diante das dificuldades financeiras, Carvalho acredita que a partir do segundo semestre de 2019, as contas do Estado estarão mais ajustadas, devido às medidas tomadas nestes primeiros meses de governo.
“Nosso foco é trazer a folha de pagamento de volta para o dia 10 de cada mês e regularizar a situação dos fornecedores, principalmente aqueles que fornecem mão-de-obra e têm compromisso com salários de seus colaboradores. É um desafio grande, mas o Estado tem solução”, finalizou o secretário.