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POLÍTICA Segunda-feira, 15 de Abril de 2019, 15:51 - A | A

Segunda-feira, 15 de Abril de 2019, 15h:51 - A | A

ECOS DAS ELEIÇÕES

“Como uma juíza aposentada é inexperiente no assunto”, questiona Fávaro sobre Selma

Rafael Machado - O Bom da Notícia

O ex-vice-governador do Estado e presidente do diretório estadual do PSD, Carlos Fávaro, desacredita que a falta de experiência tenha sido o principal fator para que a senadora Selma Arruda tenha cometido possíveis irregularidades eleitorais. Na última quarta-feira (10), o Pleno do Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso (TRE-MT) cassou por unanimidade o mandato da ex-magistrada pelos crimes de abuso de poder econômico e caixa 2 cometidos nas eleições de 2018.

 

Para Fávaro, que ficou em terceiro lugar na disputa ano passado ao Senado [com 435 mil votos], por se tratar de uma magistrada aposentada, a falta de experiência é questionável. “Como uma juíza que já se aposentou é inexperiente no assunto como esse" questionou.

“No mínimo inexperiência, né! Agora inexperiência de quem era magistrado e conhecia das regras, não consigo entender como cometeu atos tão desregrados. Aí eu vejo em alguns momentos dizendo assim: ‘vou provar minha boa-fé’ o que está em pauta não é a boa-fé ou má-fé, mas é provar se cometeu ou não ilegalidades”, pontuou.

 

O Pleno do TRE-MT cassou a chapa composta pela senadora e pelos suplentes Gilberto Possamai, 1º suplente, e Cleire Fabiane, 2° suplente. Selma disse que vai recorrer ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para tentar reverter a decisão.

Aí eu vejo em alguns momentos dizendo assim: ‘vou provar minha boa-fé’ o que está em pauta não é a boa-fé ou má-fé, mas é provar se cometeu ou não ilegalidades

 

No julgamento na Justiça eleitoral em que a senadora teve o mandato cassado por 7 a 0, Fávaro contou com a sugestão do relator da ação, o desembargador Pedro Sakamoto, para que tomasse posse - na vacância do mandato -, até que fossem realizadas novas eleições.

 

Ao site O Bom da Notícia, pouco tempo depois da sentença , a senadora revelou - com exclusividade -, que estava tranquila com a decisão proferida na última quarta, pelo TRE. "A tranquilidade que tenho é com a consciência dos meus atos, a retidão que tive em toda a minha vida e que não seria diferente na minha campanha e trajetória política. Respeito a Justiça e, exatamente por esse motivo, vou recorrer às instâncias superiores, para provar a minha boa fé e garantir que os 678.542 votos que recebi da população mato-grossense sejam respeitados".

 

Apoio

 

Carlos Fávaro ratificou sua candidatura ao Senado, caso o Tribunal Superior Eleitoral mantenha a decisão do TRE, e autorize eleição complementar.

Ele ainda ressaltou a importância do apoio dos partidos que compôs a coligação Pra Mudar Mato Grosso que conseguiu eleger os democratas Mauro Mendes e Jayme Campos para o Governo e Senado, respectivamente.

 

“É muito importante a unidade do grupo e o apoio do governador Mauro Mendes. Ele espontaneamente, antes de ter conversado com ele sobre o assunto, já declarou. Porque não tem motivo para não apoiar, e eu fiquei feliz com a manifestação espontânea dele e se estiver eleição ele é um grande cabo eleitoral”, disse.

 

Ele ainda pontuou que precisará de reforços e que vai trabalhar sobre isso na hora certa.

 

“A política é arte de agregar e de fortalecer mas o princípio de tudo está naquela base que me deu 434.972 mil votos claro que com reforço e precisa ser reforçada, porque na eleição eu não venci as eleições de 2018, mas eu preciso de reforço e vou trabalhar isso na hora certa e com os companheiros certos e já tenho boas sinalização sobre isso”.