O prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), disse que irá cumprir a promessa de processar o Governo do Estado, caso não seja transferido cerca de R$ 68 milhões que o Governo deve ao município em repasses para saúde.
O prazo para o Governo dar uma resposta a questão terminou nesta quinta-feira (05), com base na notificação da Procuradoria Geral do Município.
"Hoje não estou vendo nenhuma perspectiva [de receber o dinheiro] e eu não posso deixar de cobrar. Até porque, Cuiabá carrega a saúde do Estado nas costas", disse Emanuel nesta quinta em conversa com jornalistas, após coletiva de imprensa com o ministro da Educação, Abraham Weintraub, que anunciou investimentos do MEC no ensino básico de Mato Grosso.
“Hoje não estou vendo nenhuma perspectiva [de receber o dinheiro] e eu não posso deixar de cobrar”
O prefeito lembrou que, apesar de Cuiabá também ter sofrido com a falta de repasses para saúde durante o Governo Pedro Taques, pelo menos o canal de comunicação com o governador era mais aberto, diferente do que ocorre na atual gestão, segundo Emanuel.
"No período Pedro Taques constantemente nós estávamos dialogando. Eram dois milhões, cinco, sete milhões... Ficava um ou dois meses sem passar nada, mas sentava, negociava. Havia um diálogo e ocorriam os repasses. Não eram valores regulares, mas também não deixava a sobrecarga da saúde do Estado somente nas costas de Cuiabá", lembrou.
"Cuiabá precisa de um reposta, de um proposta. Então, notifiquei o Estado. Então vamos esperar uma resposta do Governo do Estado porque esse recurso pertence a população cuiabana", completou o gestor emedebista.
A notificação foi feita na terça (3), pelo ex-procurador-geral do Município, Luiz Antônio Possas, que assumiu de forma permanente a secretária de Saúde de Cuiabá.
Na oportunidade, Possas disse que o Governo deveria fazer um proposta até esta sexta-feira (6) para que caso não vá parar na Justiça.
"Meu último ato como procurador foi notificar o Estado para que pague os R$ 68 milhões que a Prefeitura de Cuiabá tem a receber para a Saúde. Deixei pronto a ação para que dentro do prazo o Estado possa nos oferecer uma negociação", disse em coletiva à imprensa ao apresentar balanço da Procuradoria.