O ex-secretário municipal de Saúde, Huark Correia, e os médicos presos na segunda fase da Operação Sangria, entregaram na última segunda-feira (6), os seus passaportes à Justiça, após terem prisão revogada pela juíza Ana Cristina Silva Mendes, da 7ª Vara Criminal de Cuiabá.
“Certifico e dou fé que os passaportes de Luciano Correa Ribeiro, Huark Douglas Correia, Fábio Liberali Weissheimer, foram entregues por meio da petição protocolada no Protocolo Geral sob nº 270585, em: 06/05/2019 às 15:42:36 , os quais ficarão guardados em lugar apropriado, nesta Secretaria”
Em comunicado, disponível no andamento do processo, Ana Cristina cita que ["... certifico e dou fé que os passaportes de Luciano Correa Ribeiro, Huark Douglas Correia, Fábio Liberali Weissheimer, foram entregues por meio da petição protocolada no Protocolo Geral sob nº 270585, em: 06/05/2019 às 15:42:36 , os quais ficarão guardados em lugar apropriado, nesta Secretaria...]”, diz trecho.
Na decisão que revogou as prisões preventivas do ex-secretário de Saúde de Cuiabá, dos médicos Luciano Correia Ribeiro e Fábio Liberali Weissheimer, a juíza justifica que os acusados tiveram o benefício, após confessarem irregularidades em uma licitação do Hospital São Benedito e pagamento mensal de propina a um agente público.
Os médicos voltaram a ser presos após a deflagração da segunda fase da operação Sangria, da Delegacia Especializada em Crimes Fazendários e Contra a Administração Pública (Defaz), mas conseguiram liberdade com a revogação da prisão, pela magistrada que, no entanto, impôs medidas cautelares ao trio.
Na decisão, a juíza aponta que os médicos tiveram a prisão decretada para garantia da ordem pública após ter identificado ordens para destruição de provas.
Operação Sangria
A Polícia Civil deflagrou a Operação Sangria para o cumprimento de mandados de buscas e apreensão para apurar irregularidades em contratos de prestação de serviços médicos hospitalares, firmados com o município de Cuiabá e o Estado de Mato Grosso.
O ex-secretário municipal de Saúde, Huark Douglas Correia foi preso no dia 18 de dezembro após o início da segunda fase da investigação. Huarke outras sete pessoas foram presas acusadas de estarem obstruindo as investigações.
O grupo teria fraudado contratos das empresas Proclin (Sociedade Mato-Grossense de Assistência Médica em Medicina Interna), Qualycare (Serviços de Saúde e Atendimento Domiciliar LTDA) e a Prox Participações, firmados com o município de Cuiabá e com o Estado.