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POLÍTICA Sexta-feira, 27 de Setembro de 2019, 08:00 - A | A

Sexta-feira, 27 de Setembro de 2019, 08h:00 - A | A

ASSEGURA PIVETTA

'Medidas austeras e gestão eficiente vão garantir que Estado retome investimentos'

Marisa Batalha - O Bom da Notícia

(Foto: Gcom-MT)

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O vice-governador pedetista, Otaviano Pivetta, interinamente comandando o Palácio Paiaguás, ao fazer uma análise mais pontual destes noves meses de gestão estadual sob o comando de Mauro Mendes (DEM) - que está em viagem internacional -, garantiu que a administração está no rumo certo.

 

Ao lembrar na entrevista realizada no jornal do Meio Dia, da TV Vila Real, que já tinham - ele [Pivetta] e Mendes -, uma leitura anterior, ainda na campanha eleitoral, de que o Estado, nas mãos do antecessor Pedro Taques (PSDB), já estaria com dificuldades no caixa. E que, assim, sabiam que ao entrar, teriam que tomar medidas austeras e realizar uma gestão eficiente, para que o Estado pudesse retomar sua capacidade de investimento. Como forma de prestar bons serviços, na realização de obras necessárias, sobretudo, fazendo com que o Estado cumprisse sua função.

 

Pivetta ainda tem convicção que cabe ao Executivo marcar posição quanto ao que acha coerente, como forma de encontrar soluções às demandas reprimidas no Estado

"Primeiro eliminando os excessos e arrumando a casa, ainda que de forma silenciosa. Depois tomando medidas de saneamento financeiro e, agora, outras que serão propostas este ano à Assembleia, até bastante ousadas, para reduzir o tamanho do Estado, como forma de fazê-lo andar. Este é o ano, aliás, dos ajustes, para que em 2020 possamos empreender ações que possam melhorar a vida da população mato-grossense".

 

Pivetta ainda tem convicção que cabe ao Executivo marcar posição quanto ao que acha coerente, como forma de encontrar soluções às demandas reprimidas no Estado. Dentre elas, que a peça orçamentária do governo, sob análise do Legislativo estadual, contenha aportes financeiros capazes de solucionar e investir naquilo que o governo acredita ser um passo adiante em favor da sociedade.

 

A favor do congelamento do duodécimo, o vice-governador pedetista pontua que os valores que vem sendo repassados aos poderes lhe parece razoável, quando verifica-se a inexistência de problemas com a infraestrutura ou folha de pagamento. E que, hoje, o governo precisa de um olhar mais cuidadoso com os déficits ainda existentes nas áreas de saúde, onde existem muitas reclamações e na educação, em particular, nas demandas exigidas pelos seus profissionais.

 

E lamentou que em 2020 a área de segurança pública assegure uma previsão orçamentária maior do que a destinada à educação. Revelando que para que possa ser mantido o que tem hoje neste setor será preciso um aporte de R$3.400 e para educação R$ 3.300. "É lamentável saber que ainda precisamos investir mais na segurança do que na educação. Pois este cenário é preocupante, porque revela que estamos precisando gastar mais no passado e no medo do que investir no futuro e nos estudantes".

 

Novos investimentos

 

Ainda na condição de governador interino, Pivetta, aponta a área de infraestrutura como um dos setores que vem garantindo grandes avanços na nova gestão. E que depois de vencido os obstáculos burocráticos e legais na regulamentação do modelo neste primeiro ano, ele acredita que até 2022 deverão ser pavimentados pelo menos 1.800 Km, com recursos do Fundo Estadual de Transportes e Habitação (Fethab) e ainda por meio das Parcerias Público-Privadas (PPPs).

 

E ainda que nas reuniões que vêm mantendo, em particular, como a realizada esta semana do conselho do Fundo, no Palácio Paiaguás, não será difícil visualizar, em breve, que há um novo jeito de tratar o Fethab, por este governo. "Com obras que organizamos com a mobilização dos agentes locais. E rodovias que serão construídas com associações e recursos do Fethab".

 

Afirmando ainda que se comparado com o custo por quilômetro, no modo tradicional de pavimentação em relação às PPPs, garante-se uma redução financeira em cerca de 50%. E que o dinheiro do fundo é importante para o governo como política social e para prestar contas do que os produtores rurais contribuem ao Estado com os impostos.

 

"Os recursos do Fethab serão destinados como compromisso. Vai dar oportunidade para gente que sonhava há 20, 30 anos com asfalto para escoar a produção, mas também para conforto dos trabalhadores de baixa renda se deslocarem e aos alunos de nossas escolas públicas", comparou.

 

Também explicando que além de tocar obras públicas "fazendo bem mais com menos recursos e pessoas" e de modo mais eficiente, com as PPPs, o governo atuou também na adequação e redução dos custos na estrutura da Sinfra.

 

"A Sinfra e a Secid eram duas secretarias e ocupavam dois prédios, com cerca de 600 pessoas. Decidimos extinguir a Secid e a Sinfra ficou em um prédio com 291 pessoas", avalia o governador em exercício. "Não é milagre, é outro jeito de fazer e que começa no ano que vem na prática. Ocupamos este ano com a adequação legal e burocracia estatal", afirma.

 

Pavimentação em 2019

 

Entre janeiro e agosto deste ano, a Sinfra, comandada por Marcelo de Oliveira e Silva, construiu 136,4 km de rodovias e restaurou outros 122,2 km, em um total de 258,6 km de contratos antigos retomados pela atual gestão. As rodovias foram pavimentadas com recursos do Fethab. Só lembrando que na divisão do Fethab recolhido do setor agropecuário, 30% são destinados à Sinfra.