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POLÍTICA Quinta-feira, 25 de Abril de 2019, 10:36 - A | A

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ECONOMIA DO PAÍS

Mendes afirma que Brasil ‘vai quebrar’ sem aprovação de reforma

Ana Adélia Jácomo / O Bom da Notícia

Secom

mauro mendes

 

Após voltar de Brasília, onde esteve esta semana, o governador Mauro Mendes (DEM) afirmou que o Governo Federal precisa aprovar, com urgência, a Reforma da Previdência. O tema é polêmico e tem sido motivo de discussões, como a que ocorreu entre os deputados federais José Medeiros (PSL) e Aliel Machado (PSB-PR), que quase chegaram às vias de fato.

 

Mendes disse nesta quarta-feira (24) à imprensa que o país pode quebrar financeiramente, caso o projeto não seja aprovado. Ele observou que o Governo Federal tem condicionado ‘tudo’ à aprovação da reforma. Esta é a principal proposta do presidente Jair Bolsonaro (PSL). O texto promete uma economia de mais de R$ 1 trilhão aos cofres públicos nos próximos dez anos. 

 

“Eu vejo o Governo Federal até agora muito reticente em ceder a algumas agendas, porque tudo que ele fala, ele quer condicionar à aprovação da Reforma da Previdência, que eu acho muito sensato. Ou o Brasil enfrenta esse problema da Reforma ou esse país vai quebrar. Não vai parar de pé. Porque o déficit da Previdência, só o que falta de dinheiro para pagar os aposentados, é de R$ 300 bilhões, é mais que o orçamento da Saúde, Segurança e da própria Educação. Então, esse é o pior problema que o país tem hoje e se não for enfrentado, meus amigos, vocês se preparem porque nós vamos ter gerações comprometidas doravante”, disse o governador de Mato Grosso. 

 

O tema tem sido motivo de denúncia. Uma reportagem publicada pelo jornal Folha de São Paulo afirma que lideranças do presidente Jair Bolsonaro, na Câmara Federal, teriam oferecido a bagatela de R$ 40 milhões em emendas parlamentares até 2022, para que os deputados fossem favoráveis à Reforma da Previdência. 

 

Conforme a publicação, o ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni (DEM-RS), é quem ofereceu a quantia. Ao menos cinco líderes de partidos [DEM, PP, PSD, PR, PRB e Solidariedade] governistas confirmaram ao jornal a empreitada. Assinam a reportagem as jornalistas Angela Boldrini, Camila Mattoso e Ranier Bragon.  A proposta teria sido feita pelo próprio presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), na semana passada.