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POLÍTICA Quinta-feira, 01 de Agosto de 2019, 08:03 - A | A

Quinta-feira, 01 de Agosto de 2019, 08h:03 - A | A

OBRA INACABADA

“Não tem público para movimentar o VLT em Cuiabá”, diz vice-prefeito

Rafael Machado - O Bom da Notícia

Reprodução

Niuan Ribeiro

 

O vice-prefeito de Cuiabá Niuan Ribeiro (PSD) disse que a Capital não tem público suficiente para movimentar o Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) e, por isso, defendeu a troca do modal para BRT (Bus Rapid Transit).

 

Em entrevista à Rádio Capital FM, nesta quarta-feira (31), ele comentou que os discursos em torno de um possível retorno da obra são rasos e que os custos para manter o VLT são altos, sobretudo, porque seria necessário pagar o subsídio de R$ 70 milhões/ano para mantê-lo funcionando.

 

Lembrando que o modal é feito para uma cidade que tem no mínimo 15 mil passageiros por dia, mas na Capital, segundo ele, tem pouco mais de sete mil.

 

“Eu acho que hoje por critérios técnicos e financeiros, o VLT não é viável pra Cuiabá. Primeira coisa, VLT é feito para uma cidade que tem no mínimo 15 mil passageiros dia, Cuiabá não tem nem a metade disso, Cuiabá tem menos de sete mil, tinha 7,5 mil quando fizeram o estudo agora diminuiu”, defendeu.

 

“E outra quando fizeram o estudo do VLT não existiam essas tecnologias como Uber, isso diminui muito o número de pessoas que pegam o transporte público. Então, sob o meu ponto de vista, ainda que esteja me aprofundando nessa tese, que o BRT nesse momento é o suficiente e mais economicamente viável pra Cuiabá, eu acredito nisso”, acrescentou.

 

A obra do modal está parada desde 2014 e já consumiu mais de R$ 1 bilhão dos cofres públicos

A obra do modal está parada desde 2014 e já consumiu mais de R$ 1 bilhão dos cofres públicos.

 

Grupo de Trabalho

 

O governador Mauro Mendes (DEM) firmou uma parceria com a Secretaria Nacional de Mobilidade Urbana, ligado ao Ministério de Desenvolvimento Regional, e a equipe deverá apresentar, no prazo máximo de 120 dias, uma solução para a questão de mobilidade urbana. A comissão foi formada após três reuniões realizadas em Brasília com as equipes dos governos estadual e federal.

 

De acordo com o governador, durante a reunião foi demonstrada a necessidade de se encontrar uma solução para essa situação, em parceria com o Governo Federal e órgãos de controle, como Tribunal de Contas da União, Controladoria Geral da União e Advocacia Geral da União.

 

Principalmente porque a obra de mobilidade, que foi financiada com recursos federais para atender a Copa de 2014, não foi concluída até o presente momento, tendo passado duas copas do mundo e duas gestões e, obretudo, porque o modal já consumiu mais de R$ 1 bilhão. (Com informações do Secom-MT)