Quinta-feira, 25 de Abril de 2024

POLÍTICA Domingo, 02 de Junho de 2019, 10:18 - A | A

Domingo, 02 de Junho de 2019, 10h:18 - A | A

GREVE NA EDUCAÇÃO

“Não trabalhou, não recebe", diz Mendes sobre corte no ponto de grevistas

Rafael Machado / O Bom da Notícia

O governador Mauro Mendes (DEM) reforçou que irá cortar o ponto dos servidores públicos que aderiram à greve geral da educação. “Não trabalhou, não recebe. No dia que você trabalhar, você recebe”, disse o democrata após reunião com os profissionais da educação na última sexta-feira (31).

 

A Secretaria de Estado de Educação (Seduc) já havia informado que o Governo irá obedecer à determinação do Supremo Tribunal Federal (STF), no tocante ao Recurso Especial 693456/2016, que trata do corte de ponto de grevistas.

 

"Conforme o STF, o ponto deve ser cortado imediatamente à deflagração do movimento grevista. Com o fim do movimento, os profissionais podem repor as aulas e serão remunerados pela reposição", destaca a pasta.

 

Os profissionais da educação deflagraram uma greve geral, por tempo indeterminado, na última segunda-feira (27). A categoria reivindica cumprimento da Lei 510/2013 que trata sobre aumento salarial, convocação dos aprovados no último concurso público e o pagamento da Revisão Geral Anual (RGA) aos profissionais da categoria.

 

O governador reafirmou que o Estado não tem condições financeiras de atender as reivindicações. Ele entregará na próxima terça-feira (4), um documento aos servidores explicando a situação financeira e os requisitos que terão que atingir para atender as reivindicações da classe.

 

“Se não tenho o dinheiro para pagar como é que eu pago? Dou um cheque sem fundo? Digo que vou pagar e depois atraso salário? Ou eu tiro o dinheiro da segurança para pagar as viaturas, fecha a segurança, para tratar da educação. Eu fui contratado para ser governador para cuidar de todos os setores. Nós temos hoje quatro, cinco meses de atrasos com os hospitais, peguei com oito meses de atraso então existe uma dura realidade no Estado de Mato Grosso”, disse.

 

Em nota, o Fórum Sindical – que representa o funcionalismo público do Estado – disse que o governador tenta inibir a luta dos trabalhadores públicos com ameaças de corte de ponto aos servidores que aderiram à greve.

 

A entidade cita que as ameaças feitas pela Poder Executivo contradizem com os discursos adotados pelo governador durante a campanha eleitoral, sobre a valorização dos servidores.