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POLÍTICA Sexta-feira, 28 de Junho de 2019, 09:09 - A | A

Sexta-feira, 28 de Junho de 2019, 09h:09 - A | A

ESCOLHIDO PELO PLENO

Novo desembargador do TJ, Kono diz que Judiciário carece de rapidez e tecnologia

Ana Adélia Jácomo

Recém-eleito novo desembargador do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, Mário Kono, afirma que pretende trazer mais objetividade às decisões que, segundo ele, são atualmente lentas e longas. Ele acredita que o que interessa à parte é o veredito.

 

Kono afirma que o judiciário ainda precisa ser modernizado tecnologicamente, para acelerar o fluxo dos ações, melhorando o Processo Judicial Eletrônico (PJe) está sendo desenvolvida pelo Poder Judiciário de Mato Grosso (PJMT) para tornar o sistema mais acessível, rápido e leve. 

 

Ele foi escolhido pelo Pleno nesta quinta-feira (27), durante sessão extraordinária realizada no Palácio da Justiça. Mário Kono irá ocupar a vaga aberta com a aposentadoria da desembargadora Cleuci Terezinha Chagas, em janeiro deste ano.

 

“Como tenho larga experiência de juizado, vou tentar trazer objetividade, não como novidade, mas como minha forma de serviço. Sentenças curtas, acórdãos curtos, porque o que interesse da parte é o “Isto posto...”, ou “Em assim sendo...”. Querem saber o veredicto. As minhas deverão ser mais objetivas, mais telegráficas do que didáticas, do que um livro, mas o que vai dar o resultado”, disse ele.

 

Sentenças curtas, acórdãos curtos, porque o que interesse da parte é o “Isto posto...”, ou “Em assim sendo...”. Querem saber o veredicto.

“É necessário ainda trazer a solução dos conflitos, por meio da modernidade e dos sistemas eletrônicos, em uma forma de tornar mais ágil. Porque sabemos que o sistema todo não acompanha a velocidade da demanda”. 

 

Outro ponto que ele afirmou querer dar continuidade é a Justiça Terapêutica. Kono é pioneiro na implementação do programa, que permite penas alternativas para pessoas que cometeram crimes de menor potencial ofensivo, e sofrem de alcoolismo, dependência química, psicopatias e neuroses. 

 

São aplicadas penas alternativas, visando o tratamento do acusado, evitar a reincidência e aumentar a capacidade de prevenção de outros possíveis delitos. “A Justiça Terapêutica é quando você tem um problema que origina a causa. É uma doença! E, ao invés de aplicar penas e sansões, aplica-se o tratamento. Queremos que esse trabalho possa ser continuado”. 

 

Os condenados são encaminhados o Alcóolicos Anônimos (AA), Narcóticos Anônimos, Amor Exigente e demais projetos semelhantes. 

 

Quem é Mário Kono 

 

A escolha se baseou no critério de merecimento, conforme as diretrizes disciplinadas pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), por meio da Resolução n. 106/2010.

 

Mário Kono - com 27 anos de magistratura -,passou pelas comarcas de Nova Xavantina, São Félix do Araguaia, Barra do Bugres e Cáceres, até ser designado para o Juizado Especial Criminal de Cuiabá, onde atua há 20 anos. 

 

O magistrado iniciou o curso de Direito na Universidade Estadual de Londrina e o concluiu na Universidade Federal de Mato Grosso, em 1988. Ao ser empossado juiz aos 31 anos de idade, substituiu a carreira de bancário pela magistratura. 

 

Também atuou como professor da disciplina de Direito Penal e Direito Processual Penal, no Centro Universitário de Várzea Grande (Univag).