Os profissionais da educação estadual, em greve há 53 dias, tentaram invadir o plenário de deliberações da Assembleia Legislativa durante sessão matutina desta quinta-feira (18).
Os parlamentares discutiam um substitutivo ao projeto do Executivo que prevê a revisão dos incentivos fiscais. A oposição tenta obstruir a pauta, até que o Executivo apresente uma proposta para colocar fim à paralisação na Educação iniciada em 27 de maio.
O clima esquentou e a Polícia Militar precisou ser acionada para conter os ânimos. Servidores afirmam que seguranças da Casa de Leis foram truculentos e que houve até agressão.
Em um vídeo, os grevistas gritam palavras de ordem e chamam o governo de Mauro Mendes (DEM) de “governo salafrário”.
Os professores reivindicam o cumprimento da Lei 510/2013, que trata sobre aumento salarial, pagamento dos salários cortados durante o período de greve e além disso, o pagamento da RGA. Em contrapartida, o governador Mauro Mendes vêm reafirmando que não pode conceder o aumento para não ultrapassar o teto estabelecido pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), de 49%.
No início do mês, os professores foram às ruas para vender balas nos sinaleiros de Cuiabá e pediram doações, numa clara resposta à queda-de-braço com governador Mauro Mendes, que vem fazendo os cortes salariais, até mesmo dos servidores que estão de licença para tratamento de saúde. E nesta quarta-feira (17), os profissionais se concentrarão em frente ao Tribunal Regional do Trabalho (TRT-MT), para pedir alimentos e doações. Com o slogan “Alimente quem te alimenta de conhecimento”, os professores pediram às pessoas alimentos não perecíveis como forma de contribuir com a manutenção de seus lares.
Já o chefe do Executivo estadual, Mauro Mendes, se mantém irredutível na posição de que o Estado estaria impedido, legalmente, de conceder o aumento salarial dos profissionais da Educação Pública. Segundo o Governo, é essencial o retorno aos limites de gastos com pessoal de acordo com o que estabelece a Lei de Responsabilidade Fiscal, ou seja, 49%, para que seja possível que os reajustes possam ser novamente concedidos. Atualmente o Estado está estourado em 59%.