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POLÍTICA Sábado, 11 de Janeiro de 2020, 16:14 - A | A

Sábado, 11 de Janeiro de 2020, 16h:14 - A | A

CANDIDATO DA BAIXADA

Pesquisa escolherá nome de seis siglas para o Senado

Marisa Batalha/O Bom da Notícia

(Foto: Reprodução)

Políticos da Baixada 2.jpg

 

Na noite desta última quinta-feira(09), na residência do prefeito emedebista Emanuel Pinheiro, em Cuiabá, líderes de seis partidos se reuniram para selar acordo de retirar e apoiar um nome que represente a Baixada Cuiabana, com condições de 'peitar' uma possível candidatura do agronegócio e vencer as eleições, na disputa pelo Senado, após vaga deixada por Selma Arruda.

 

A senadora por Mato Grosso teve seu mandato cassado em 10 de dezembro, pelo Tribunal Superior Eleitoral, por caixa 2, abuso de poder econômico e arrecadação ilícita de recursos nas eleições de 2018. Validando decisão anterior, de abril do ano passado, quando seu mandato foi retirado, por unanimidade, pelo Tribunal regional Eleitoral, pelos mesmos motivos.

 

O encontro reuniu líderes de seis partidos com direito a jantar e fotos, mais tarde publicadas em vários grupos de jornalistas, no aplicativo WhastApp, por alguns antigos assessores da família Campos. Mostrando em pose histórica como foi a reunião com os caciques e irmãos - senador Jayme e o ex-governador Júlio Campos, ambos do DEM -, a prefeita democrata Lucimar Sacre de Campos, os deputados federais Neri Geller (PP) e Emanuelzinho Neto(PTB), o deputado estadual Max Russi(PSB), o vereador por Cuiabá, Juca do Guaraná(Avante), o ex-parlamentar federal Nilson Leitão(PSDB), Neurilan Fraga(PL), na casa do prefeito emedebista Emanuel Pinheiro.

 

A senadora por Mato Grosso teve seu mandato cassado em 10 de dezembro, pelo Tribunal Superior Eleitoral, por caixa 2, abuso de poder econômico e arrecadação ilícita de recursos nas eleições de 2018. Validando decisão anterior, de abril do ano passado, quando seu mandato foi retirado, por unanimidade, pelo Tribunal regional Eleitoral, pelos mesmos motivos.

Classificado como grupo suprapartidário, os participantes já dão conta de uma eleição segura - com 650 mil eleitores da Baixada -, capaz de fazer frente a qualquer outro candidato que venha do agronegócio.

 

Mas para escolher um dentre eles será realizada uma pesquisa de opinião, agora no início de fevereiro, para medir a densidade eleitoral dos caciques que se uniram. Assim, o nome que tiver mais musculatura política e densidade eleitoral representará o G6, capitaneado ainda pelos prefeitos Emanuel Pinheiro e Lucimar Campos. Os suplentes, igualmente, serão escolhidos dentro do Grupo.

 

Como será discutida na volta do recesso do Tribunal Regional Eleitoral, agora, no dia 22 de janeiro, a data para a eleição suplementar, com muitos apostando que poderá possivelmente ser fixada pela Justiça eleitoral, o dia 26 de abril, o pacto firmado entre os partidos, em princípio, colocará seis pré-candidaturas, até que a pesquisa revele quem, de fato, tem força nas urnas, sobretudo, para vencer os concorrentes. Levando, inclusive, em consideração, que engrossa dia a dia a lista de postulantes, que já promete ser quilômetrica, na disputa pelo cargo no Congresso. Até agora já chegam a pelo menos 20 possíveis candidatos.

 

E se não valer o grupo suprapartidário, mas decisão conjunta, os democratas não teriam somente o ex-governador Júlio Campos, mais ainda podem pleitear esta disputa o deputado estadual Dilmar Dal'Bosco (DEM) e o chefe da Casa Civil, Mauro Carvalho, sem descartar o próprio presidente da legenda, Fábio Garcia, atualmente na condição de vice de Jayme. Há quem diga que alguns caciques - que não baixam a guarda para o governador Mauro Mendes - já teria mandado recado ao gestor estadual, que ele deverá decidir se indicará o candidato ao Senado ou a Prefeitura de Cuiabá.

 

Pelo PP não teria, igualmente, somente Neri Geller. Outro nome que vem crescendo nesta cotação é o da empresária Margareth Buzetti que tem a simpatia para esta disputa nada menos que o ex-ministro e ex-senador, Blairo Maggi.

 

Assim também ocorre no PL com o nome do presidente da Associação Mato-grossense dos Municípios, Neurilan Fraga e correndo, por enquanto por fora, o ex-senador, Cidinho Santos. 

 

Ainda que Lúdio Cabral venha pontuando que estaria fora desta corrida eleitoral, o seu partido - o PT -, pode trabalhar, contudo, em demovê-lo desta ideia. De qualquer maneira cogita-se ainda outros petistas para a disputa como dos deputados estadual e federal, respectivamente, Valdir Barranco e Rosa Neide.


O PDT deve vir com o vice-governador Otaviano Pivetta que assumiu sua intenção após o governador revelar, em conversa com jornalistas, no final de dezembro, que poderia manter seu apoio a Carlos Fávaro, do PSD, que ficou na terceira colocação nas últimas eleições ao Senado da República, e que o apoiou na corrida pela Governadoria do Estado. Sabe-se que Pivetta e Fávaro têm diferenças enormes pessoais, apesar de ambos evitarem o assunto. E nesta corrida ao Senado, Pivetta já contaria com a cooptação de Adilton Sachetti (PRB) como seu primeiro suplente.

 

No ninho tucano o ex-deputado federal Nilson Leitão pode ser nome de consenso na legenda, já que o ex-governador Pedro Taques parece ser 'carta fora do baralho'.

 

O PCdoB pretende novamente lançar a ex-reitora da UFMT, Maria Lúcia Neder na disputa. O Podemos, partido da senadora cassada Selma Arruda, deverá lançar o deputado federal José Medeiros para disputar a vaga. E o mesmo deve ocorrer com o PSL, que aposta no nome do deputado Nelson Barbudo para a disputa.

 

Outros atores políticos que têm surgido, ainda que alguns não passem de mera especulação, é o do deputado Elizeu Nascimento (DC), do vereador Abílio Júnior (PSC), que recentemente também colocou seu nome a disposição para a disputa.

 

Surgiu também há pouco dias o nome do presidente da Câmara de Cuiabá, Misael Galvão(PTB). E reunião que está para ocorrer no PV, em Cuiabá, pode também adicionar o nome do secretário de Serviços Urbanos de Cuiabá, José Roberto Stopa. Conhecido como o 'tocador de obras' da gestão do prefeito Emanuel Pinheiro(MDB), o secretário poderá ser uma boa surpresa.

 

Outros nomes que deverão surgir, chegam mais como balão de ensaio, muitos buscando a mídia espontânea, em um momento que a imprensa assegura fartos espaços para a discussão do tema.

 

Reunião no TRE-MT

 

Ainda que haja uma aposta que a eleição possa ocorrer em 26 de abril, o Pleno do Tribunal Regional Eleitoral pode, contudo, escolher uma das outras datas autorizadas pelo TSE, como 10 de maio, 21 de junho, 22 de novembro ou 6 de dezembro.