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POLÍTICA Terça-feira, 06 de Agosto de 2019, 12:00 - A | A

Terça-feira, 06 de Agosto de 2019, 12h:00 - A | A

GREVE NA EDUCAÇÃO

Sintep diz que proposta de Mendes não atende alguns pontos, mas será analisada

Rafael Machado - O Bom da Notícia

Foto Sintep

greve

 

O ex-presidente e atual secretário do Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep-MT), professor Henrique Lopes, disse que a proposta apresentada pelo governador Mauro Mendes (DEM), nesta segunda-feira (5), não atende alguns pontos reivindicados pela categoria que está em greve há 71 dias.

 

Após reunião com os deputados da base governista, Mendes explicou como será a proposta do governo na concessão da Revisão Geral Anual (RGA) e no reajuste salarial, estabelecido pela Lei Complementar 510, de 7,69%.

 

Segundo o democrata, os benefícios estão previstos para o ano que vem, condicionando, entretanto, os benefícios às mudanças esperadas como, por exemplo, que o estado consiga ficar abaixo do teto estabelecido pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) de 49% com gastos de pessoal.

 

Em entrevista à Rádio Capital FM, nesta terça-feira (6), Henrique explicou que entre os pontos faltosos no documento estão o chamamento dos aprovados no último concurso público da Educação. Ele comentou que o Executivo apresentou um cronograma com a previsão das nomeações, o que não foi cumprido.

 

Mesmo com a falta de definição dos pontos reivindicados, o professor garantiu que o Sintep vai analisar após o documento ser oficializado no sindicato. “Mas a grosso modo, o material que foi apresentado e dito pelo governador em sua última entrevista, faltam pontos que a categoria está debatendo nessa greve”, disse.

Acho que o governo precisa de apresentar esse documento de forma mais clara aos trabalhadores para que a gente possa fazer a avaliação de forma contenta com os trabalhadores da Educação

 

“A questão como o concurso público que o governo havia apresentado um cronograma, com datas, inclusive,  já passou sem que as pessoas tenham sido chamadas. Então, o documento precisa versar sobre isso. Acho que o governo, desta forma, precisa apresentar esse documento de forma mais clara, para que a gente possa fazer a avaliação e verificar se ele está a contento para os trabalhadores da Educação”, destacou.

 

Ele comentou que a categoria sempre estabeleceu como parâmetro que o governo apresentasse uma proposta que concedesse a integralidade da 510 até o mês da próxima data-base, abril de 2020. Lembrando que a proposta tira do horizonte a integralidade da dobra do poder de compra para 2023, além de ficar obscura a proposta da concessão da RGA.

 

“Olhando por cima a proposta do governo percebe-se que é um documento que tira, inclusive, do horizonte a integralidade da dobra do poder de compras para 2023, ou seja, o percentual que sobra da da diferença entre as receitas e as despesas”.

 

Henrique destacou que a diretoria do Sintep tomou conhecimento da proposta durante o ato realizado pela categoria ontem, após a assembleia geral que deliberou pela continuidade da greve. Depois da manifestação, representantes do sindicato foram até a presidência da Assembleia Legislativa para conhecer a proposta. Entretanto, a categoria só irá discutir o documento a partir do momento em que ele chegar na sede do Sintep.