O site do Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Público de Mato Grosso (Sintep) amanheceu hackeado na manhã desta segunda-feira (15).
Ao acessar o portal, é possível apenas ver uma página em branco com mensagens em inglês e um desenho, grande, de um fuzil AK-47.
Ao final da mensagem, há uma saudação do que parece ser os codinomes dos responsáveis pelo hackeamento de dados.
O texto diz:
[#] Owned By DemonSad [#]
[#] Successful Exploitation [#]
[#] Faça seu papel, pois ninguém vai fazê-lo pra você [#]
[#] Greetings: TioSan, Nedlock, Silver, Kami, Refletz, Renkill, zCllent, DroogXK, H4nz [#]
Em tradução livre para o português quer dizer:
[#] Propriedade de DemonSad [#]
[#] Exploração bem sucedida [#]
[#] Faça seu papel, pois ninguém vai fazê-lo pra você [#]
[#] Saudações: TioSan, Nedlock, Silver, Kami, Refletz, Renkill, zCllent, DroogXK, H4nz [#]
Página inicial do Sintep nesta segunda-feira (15)
O Bom da Notícia entrou em contato com o presidente do sindicato, Valdeir Pereira. Segundo as primeiras informações, o portal está sendo reformulado, por isso pode estar vulnerável. A plataforma é administrada pela empresa G2I Mato Grosso do Sul.
Ele afirmou que este já é o quarto ataque virtual que o sindicato sofre somente neste ano. Disse que já acionou o serviço de suporte do portal e acredita que nas próximas horas deve voltar tudo ao normal.
GREVE E AMEAÇAS DE MASSACRE
Os profissionais da educação de Mato Grosso estão em greve desde 27 de maio. A queda de braço com o governador Mauro Mendes (DEM) se arrasta com direito a corte de pontos, manifestações e bloqueios. Eles cobram o cumprimento da Lei 510/2013, que trata sobre aumento salarial, a convocação dos aprovados no último concurso público e o pagamento da Revisão Geral Anual (RGA) aos profissionais da categoria e especialmente no que se refere a projeção de integralização do percentual (7,69%) aos salários.
A crise na Educação causou recentemente preocupação da Polícia Civil, que investigou ameaças feitas por um grupo intitulado "Massacre União e Força", que em março enviou mensagens avisando sobre ataques que poderiam ocorrer em uma escola estadual de Cáceres (225 km a oeste de Cuiabá).
Além dela, outras quatro escolas foram alvos desse tipo de ameaça. Todas inspiradas após o ataque na Escola Estadual Raul Brasil, em Suzano (SP), quando dois ex-alunos, encapuzados, mataram ao menos 10 pessoas e cometeram suicídio em seguida, dentro da instituição paulista.
Foram apreendidos cadernos dos jovens, que trazia uma série de desenhos de armas, nomes de jogos de internet e táticas de jogos de combate.
No entanto, o presidente do sindicato disse que todos os ataques antigos ao portal foram revertidos sem maior dano, e que é possível acessar o portal em algumas circunstâncias. Ele também acredita que a invasão não tenha relação com as ameaças de ataques.
"Só a página inicial é que está com esse problema, mas as outras funcionalidades estão disponíveis por meio de outro link", disse ele.
Atualizada às 10h
A invasão foi feita pelo hacker DemonSad, responsável por invadir o sistema do Governo Federal, como o site do Ministério da Educação (MEC) e da Secretaria de Estado de Fazenda de Minas Gerais.
Ele fez diversos posts no Twitter comemorando o ato criminoso.