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POLÍTICA Quarta-feira, 07 de Agosto de 2019, 15:10 - A | A

Quarta-feira, 07 de Agosto de 2019, 15h:10 - A | A

SUSPEITO DE LIDERAR O ESQUEMA

Taques diz que 'está louco' para falar dos grampos, mas evita responder ligação de primo na arapongagem

Marcio Camilo - O Bom da Notícia

O ex-governador Pedro Taques (PSDB) disse que está "louco para falar" na ação penal que ficou conhecida como "Grampoândia Pantaneira". Ele é suspeito de ser um dos principais mentores do esquema das escutas ilegais.

 

"Eu estou louco para falar. Já peticionei em todos os locais, porque eu posso prestar depoimento", disse aos jornalistas, depois de ter ido, na noite deste terça-feira (07), ao Tribunal de Contas do Estado (TCE) para defender suas contas de Governo relativas a 2018 - seu último ano no comando do Palácio Paiaguás. As contas foram aprovadas com mais de 30 ressalvas dos conselheiros.

 

Como governador eu tinha e mantive a liturgia do cargo. Mas agora eu não sou mais governador. Eu, como todo cidadão, tenho direito constitucional de exercer a minha defesa, conforme determina a própria Constituição", acrescentou depois de ser questionado sobre o assunto

"Como governador eu tinha e mantive a liturgia do cargo. Mas agora eu não sou mais governador. Eu, como todo cidadão, tenho direito constitucional de exercer a minha defesa, conforme determina a própria Constituição", acrescentou depois de ser questionado sobre o assunto.

 

Taques sempre negou participação no esquema da grampolândia. Destacou que aguarda ser ouvido tanto pela Polícia Civil quanto pelo Ministério Público.

 

Também foi questionado pelos jornalistas sobre o fato do primo, o ex-chefe da Casa Civil, Paulo Taques, ter virado réu na grampolândia. 'Dando de ombros', o ex-governador tucano saiu apressado dizendo que não queria comentar o assunto.

 

Grampos

 

O escândalo da grampolândia veio à tona em 2016, após denúncia do ex-secretário de Segurança Pública do Estado e promotor de Justiça, Mauro Zaque de que policiais militares e integrantes da cúpula do Poder Executivo estariam grampeando ilegalmente políticos, empresários, juízes e jornalistas através da modalidade "barriga de aluguel", onde os números eram anexados, de forma ilegal, à lista de interceptação de pessoas investigadas por tráficos de drogas na Comarca de Cáceres.