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POLÍTICA Sexta-feira, 13 de Dezembro de 2019, 12:45 - A | A

Sexta-feira, 13 de Dezembro de 2019, 12h:45 - A | A

SUPOSTA COMPRA DE VOTOS

TRE nega pedido de retirada de vídeo em processo de cassação de Avalone

O Bom da Notícia

Foi negado pelo Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso, por unanimidade, a retirada do vídeo feito pela Polícia Rodoviária Federal (PRF), mostrando suposta "compra de votos", à época, do candidato a deputado estadual em 2018, após detenção de três homens no KM 560 da BR 070, em Poconé, em 4 de outubro de 2018.

 

O carro em que estavam os homens estava cheio de santinhos do parlamentar e ainda R$ 89,9 mil guardados em uma mochila que poderia ser usado para pagar cabos eleitorais.

 

A prova - feita pela Polícia Rodoviária Federal -, faz parte do processo de pedido de cassação do deputado estadual Carlos Avalone Júnior (PSDB). Avalone havia entrado com mandado de segurança para que o vídeo fosse retirado dos autos e não constasse como prova.

 

Com a decisão, a gravação permanecerá no processo e deverá ser analisada em sede de alegações finais.

 

No vídeo, um dos detidos afirma que o dinheiro teria sido pego em um escritório em Cuiabá e que este local pertencia a Avalone, e era utilizado para pagamento de cabos eleitorais da campanha. E, de acordo com o depoimento feito pelo policial rodoviário federal, a gravação foi autorizada.

 

No julgamento, os desembargadores aplicaram a Súmula 22 do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), na qual consta que “não cabe mandado de segurança contra decisão judicial recorrível, salvo situações de teratologia ou manifestadamente ilegais”, seguindo assim o voto do relator, desembargador Sebastião Farias, em conformidade com o parecer da Procuradoria Regional Eleitoral.

 

Entenda o caso
 

De acordo com a Polícia Rodoviária Federal, os dois homens que foram parados no KM 560 da BR 070, em Poconé, em 4 de outubro de 2018, estavam em um veículo VW/Gol Tl Mb, cor prata.

 

Eles foram parados, segundo os depoimentos dos federais, para uma fiscalização de rotina. No entanto, o nervosismo deles acabaram chamando a a atenção dos policiais. Que por conta disto, iniciaram uma vistoria mais detalhada no carro, quando foi encontrado no interior do porta malas uma mochila contendo o valor de R$ 89.900,00, além de milhares de santinhos do então candidato. Ao serem questionados sobre a origem do dinheiro, eles teriam entrado em contradição, não conseguindo explicar a origem da quantia.
 

A suspeita era que o dinheiro seria usado para a "compra de votos" em favor do candidato a deputado estadual em 2018. 

 

No julgamento em julho deste ano, foi negado habeas corpus ao deputado estadual tucano, pelo Pleno do Tribunal Regional Eleitoral, por unanimidade. Avalone pleiteava o trancamento do inquérito policial que o investigava por suspeita de crime eleitoral nas eleições passadas.

 

Avalone nestas últimas eleições ficou na suplência, mas assegurou seu mandato com a posse de Guilherme Maluf, como conselheiro do Tribunal de Contas do Estado. Para muitos, o deputado ganhou 'de presente' a cadeira do tucano na Assembleia Legislativa. (Com informações da assessoria)