O deputado estadual Wilson Santos (PSDB) classificou o encontro com o ministro de Saúde, Luiz Henrique Mandetta (DEM), como 'pouco produtiva, regada de discursos vagos, insensibilidade e show de vaidade'. O encontro ocorreu nesta segunda-feira (22) na Assembleia Legislativa, onde debateram ações para solucionar o problema financeiro da Santa Casa de Misericórdia de Cuiabá.
“Foi uma reunião pouco produtiva, muito discurso. O senador Wellington [Fagundes] foi muito feliz quando colocou que foi mais uma reunião e que houve pouca resolução. A partir da fala dele, eu me estimulei a falar, quer dizer, todos que estavam naquela mesa, todo mundo tem plano de saúde particular, qualquer coisa vai para o hospital particular, pega avião e vai para São Paulo”, disse ele.
“O homem público tem que ter sensibilidade com o povo. Está faltando sensibilidade. É um show de vaidade o que está acontecendo aí, eu nunca vi uma coisa dessa. Então, saio daqui frustrado e esperava mais sensibilidade”, criticou.
BATE-BOCA COM MINISTRO
Durante a reunião realizada na noite de segunda-feira (22), na Assembleia Legislativa, o ministro perdeu a paciência com o tucano após Wilson afirmar que o Governo Federal precisava implantar medidas mais efetivas ou até mesmo fazer uma intervenção, visando transferência de recursos para resolver o problema da folha salarial e de custeio do hospital, que está há mais de um mês com as portas fechadas.
“Está faltando sensibilidade. É um show de vaidade o que está acontecendo aí, eu nunca vi uma coisa dessa, então saio daqui frustrado e esperava mais sensibilidade.”
Irritado, Mandetta perguntou ao deputado qual era o valor do cheque que ele queria.
“Eu sou super parceiro. Agora, não queira colocar na responsabilidade do gestor o que é a irresponsabilidade de quem provocou. Estamos satisfeitos com o que fizeram? Porque não pedem apoio da sociedade? Por que não pedem para os prefeitos entrarem lá dentro? Por que não pedem para entrar lá dentro uma auditoria da Câmara?”, questionou o ministro.
Mandetta contou que há 20 dias estão batendo na sua porta pedindo ajuda para solucionar o impasse da Santa Casa, mas ele afirmou que só colaborará após uma auditoria no hospital e um plano de recuperação financeira.
Ele ainda ponderou que não iria aceita brincadeiras com seu ministério.
“Me dá R$ 9 [milhões], me dá R$ 10 ou me dá 20 que depois eu vejo o que eu vou fazer. Eu não sou o melhor companheiro para esse tipo de política, eu peço desculpa pra vocês, se precisar eu volto aqui quantas vezes for necessário”, disparou o ministro.