Como faz todos os anos, a Harley-Davidson divulgou as novidades para sua linha de motocicletas 2020 para o mercado norte-americano. Além de pequenas alterações no line-up, a família Touring ganha mais tecnologia eletrônica, incluindo um sistema de conectividade com celular para configuração e monitoramento da motocicleta, assistente de ladeiras, controle de tração e atuação dinâmica dos freios ABS também em curvas.
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Para o Brasil, no entanto, apenas foi confirmada a introdução de um novo modelo da linha Softail, a Harley-Davidson Low Rider S, que será lançada oficialmente em outubro.
A Harley-Davidson já mostrou essa nova motocicleta em uma apresentação estática para a imprensa no Autódromo de Interlagos, mas nós, aqui da Coluna Cultura da Motocicleta, já pudemos experimentar a novidade nas estradas da Califórnia. O iG foi o único portal brasileiro nesse grande evento internacional, que teve participação de jornalistas especializados do mundo inteiro.
A Harley-Davidson Low Rider S pertence à família Softail , que tem o motor Milwaukee-Eight 114 do tipo B, com dois balanceiros internos para compensar a não utilização de coxins na sua fixação ao quadro, como acontece com a família Touring. A Low Rider da Harley-Davidson não é total novidade, uma vez que essa versão já existiu na extinta família Dyna, que ainda utilizava o quadro antigo com dois amortecedores traseiros, mas esta versão é totalmente nova e surpreendeu pela harmonia do conjunto.
Estilo próprio
Apesar de compartilhar quadro e motor com outros modelos da linha Softail, a nova Harley-Davidson Low Rider S tem um estilo próprio, com inspiração nas tradicionais cruisers californianas dos anos 50, estilo esse recriado nos anos 80 e conhecido como Low Rider.
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O estilo Low Rider baseia-se ainda na customização mais simples, sem grandes alterações estruturais, justamente o que foi aplicado na nova motocicleta, que recebe, em contrapartida, uma grande dose de tecnologia mecânica no motor, nas suspensões e nos freios.
E foi justamente na avaliação dinâmica da motocicleta estradeira , pelas sinuosas estradas de excelente asfalto do sul da Califórnia, que essa preocupação com o desempenho pôde ser verificada.
O visual da Harley-Davidson Low Rider S confirma sua simplicidade: banco individual, bastante baixo, pintura lisa, nas cores prata ou preto, com o grafismo da marca em baixo relevo no tanque, acabamento em preto fosco, incluindo os escapamentos, e uma pequena carenagem-bolha envolvendo o farol.
Sobre o tanque, um console preto reúne o velocímetro e o contagiros, ambos de mostrador analógico, alinhados verticalmente. A prioridade visual, no entanto, não está nas informações, mas sim na estrada à frente.
Como característica das Low Riders, o banco é baixo e as pedaleiras altas, o que incomoda, a princípio, pilotos de maior estatura ou então com a barriguinha um tanto proeminente. As qualidades dinâmicas do modelo, no entanto, compensam essa característica e, com poucos minutos de estradas, já podemos curtir a pilotagem sem grandes preconceitos.
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O motor Milwaukee-Eight 114 de 1.868 cm3 de cilindrada é vigoroso e de funcionamento suave. Permite rodar tranquilamente a menos de 2.000 rpm, em velocidade de cruzeiro, e responde imediatamente com seu torque de 16,4 kgfm sem reclamar e sem pedir redução de marcha.
Mesmo não se tratando de uma motocicleta esportiva, é possível brincar em curvas como nenhuma Low Rider tradicional poderia, graças às eficientes suspensões, a dianteira de garfo invertido e a traseira monoamortecida com regulagem manual de pré carga da mola. O ângulo de cáster foi reduzido de 30º, valor utilizado na antiga Low Rider Dyna, para 28º, justamente para melhorar a dirigibilidade em curvas.
O mais interessante, no entanto, são os freios, de atuação impecável e sem margem para sustos nas aproximações de curvas. O sistema ABS anti-travamento é de série nesse modelo.
Uma vez acostumado com a posição de pilotagem, os detalhes vão surgindo. Os dois relógios sobre o tanque informam bem velocidade e rotação do motor, porém ficam muito baixos em relação à estrada, obrigando ao piloto perder um pouco da concentração na estrada para inclinar a cabeça e visualizar as informações.
Já as informações do pequeno muito pequeno display de LCD na parte inferior do velocímetro, são quase impossíveis de serem visualizadas com total segurança, principalmente se houver reflexo do sol. O indicador digital das seis marchas engrenadas poderia ser maior.
Um dia inteiro olhando para a estrada e para a motocicleta nos dá algumas ideias. A parte interna da pequena carenagem de farol bem que poderia alojar um display digital com caracteres de maior tamanho.
O visual low rider da Low Rider é simples e cativante. Para um eventual garupa, é necessário instalar, como acessório, um banquinho estofado no para-lama traseiro e um par de pedaleiras. O farol e a lanterna traseira são de leds.
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O percurso escolhido pela Harley-Davidson Motor Company para avaliação da H-D Low Rider S foi muito bem pensado. Saindo do hotel, no centro de San Diego, um pequeno trecho urbano, de trânsito leve. Em seguida, freway, a auto-estrada típica do oeste americano, onde a velocidade fica em torno das 70 milhas por hora (cerca de 112 km/h). Mesmo assim, os intrépidos volantes norte-americanos em seus automóveis nos passavam em maior velocidade.
A diversão começou saindo da freeway, em estradas vicinais cheias de curvas e bom asfalto. Muitas vezes o relevo do sul da Califórnia nos presenteava com uma serrinha, para cima e para baixo. A H-D Low Rider se portou impecavelmente nessas condições.
A ser lançada oficialmente no próximo mês, a Harley-Davidson Low Rider S ainda não tem preço definido e estará disponível nas cores prata (Barracuda Silver) e preta (Vivid Black).
Fonte: IG Carros e Motos