CULTURA 28.03.2019 | 10h:33
(Foto: Assessoria)
Se a arte de um olhar atento é capaz de aquecer o coração e a alma, na área da fotografia ter um olhar profundo – e ainda mais preciso – tornou-se um desafio em tempos de brevidades. Mas, eis que, diante desse universo de câmeras ao alcance das mãos e selfies constantes, desperta uma área profissional: a fotografia documental. Em vez dos tradicionais ensaios dirigidos, a missão de revelar pelas lentes o que os olhos por si só não enxergam com nitidez.
Adepto desse estilo de trabalho há quatro anos em Mato Grosso, o profissional George Dias explica que a fotografia documental traz consigo a proposta de um olhar que quer saber das pessoas – saber de suas histórias, saber daquelas vidas e momentos únicos perante a lente. É um ramo que se dispõe a conhecer e retratar de maneira mais fiel uma realidade que não pertence ao fotógrafo – e sim, às pessoas clicadas.
“Fotografar é contar histórias e a proposta da fotografia documental é registrar tudo como realmente acontece. Tanto que o maior desafio está, justamente, no fato de se colocar no lugar do outro. Cada pessoa é única e os profissionais têm que ter sensibilidade para entender o momento em que ela se encontra, colocar-se na pele dessa pessoa e passar o que ela está sentindo por meio da fotografia. Tudo tem que ser natural. Se existir interferências, que sejam mínimas”, pondera.
MERCADO EM EXPANSÃO – Ao visar um trabalho mais interpretativo, poético e elaborado acerca de determinada situação, a fotografia documental conquista cada vez mais espaço nos álbuns de família e – principalmente – nos registros de casamentos. Afinal, nada melhor do que guardar o lado mais autêntico das histórias de vida das pessoas: tornar eterna uma troca de olhares secreta que diz “sim”, um sorriso que talvez seja tão raro de se ver e, até mesmo, o céu desabando em gotas de chuva repletas de romantismo e felicidade.
“O foto-documentarista vai além do registro e melhor do que contar uma história é vivê-la. Em casamentos, nessa missão, eu, por exemplo, chego junto com os noivos e vou embora depois deles. Acompanho todos os momentos. Costumo brincar que sou um convidado que irá entregar fotos legais após a festa. Essa é uma grande responsabilidade, pois o casal tem que se reconhecer em cada imagem e recordar com detalhes tudo o que viveram. 'Pegar nas mãos' um momento que passou”, destaca George.
E é com o papel de observador de emoções e historiador que o foto-documentarista ajuda a perpetuar a história de cada relacionamento. Mas, George conta um segredo. "Muitas vezes, conheço os casais no dia do ensaio ou já no casamento. Algo que não é muito diferente em outros tipos de ensaios. Aí, para nos aproximar e criar um elo, nada melhor do que uma boa conversa. Isto é algo que aprendi com meu avô. Ele sempre dizia que se comunicar bem é essencial. Levei isso para a vida – e, é claro, para a minha profissão”, ressalta.
Na bagagem, George traz consigo trabalhos ao lado de renomados fotógrafos como o catalão Enric Fontcuberta, que – além de casamentos – já clicou eventos esportivos internacionais e times como o Futebol Clube Barcelona, e o brasileiro Rafael Fontana – considerado top 10 de casamentos no país.
“Aprendi muito com cada um deles. Inclusive, essas experiências renderam fotografias que foram destaque em sites nacionais especializados como o Lápis de Noiva e o Mariée. Mas, hoje, também trabalho com ensaios variados, catálogos, campanhas publicitárias e, até mesmo, políticas. Em breve, pretendo expandir esse universo e registrar partos e recém-nascidos, bem como clicar em novos lugares – já rodei por Mato Grosso, Paraná, Bolívia e estou indo para São Paulo, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul”, sinaliza.
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