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AGRO & ECONOMIA Quinta-feira, 03 de Dezembro de 2020, 13:32 - A | A

Quinta-feira, 03 de Dezembro de 2020, 13h:32 - A | A

Brasil fica atrás de México e Colômbia em ranking de PIBs na América Latina

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bolsonaro e guedes
Agência Brasil

Presidente Jair Bolsonaro e ministro da Economia, Paulo Guedes

Em ranking de 51 países que já divulgaram o Produto Interno Bruto PIB (PIB) do terceiro trimestre, o Brasil ocupa a 25ª posição, ao lado de países como Polônia, Estados Unidos, Holanda e Sérvia, que também tiveram crescimento em torno de 7% entre os meses de julho, agosto e setembro.

O Brasil cresceu 7,7% no terceiro trimestre na comparação com o segundo trimestre , segundo divulgou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quinta-feira (3), após tombo histórico no segundo trimestre.

Os Estados Unidos cresceram 7,4% no período, enquando a economia chinesa teve expansão de 2,7%, ficando na 48ª posição no ranking, elaborado pela agência de classificação de risco Austin Rating.

Na América Latina , México e Colômbia cresceram mais que o Brasil, com expansão de 12,1% (11º lugar no ranking) e 8,7% (19ª posição), respectivamente. O ranking mostra que 15 países tiveram crescimento econômico de dois dígitos.

O economista-chefe da Austin, Alex Agostini, afirma que o resultado do PIB do terceiro trimestre veio um pouco abaixo do que ele esperava: 8,4%. Ainda assim, é um crescimento muito positivo, embora não vá repor as perdas na atividade econômica dos piores momentos da pandemia.

Para a Austin, a economia brasileira deve fechar o ano com retração de 4,2%.

"Depois de uma queda recorde no segundo trimestre, de 9,7%, um crescimento dessa dimensão é positivo, embora não reponha as perdas do ano", disse Agostini.

Ele destaca a recuperação da indústria e do setor de serviços como pontos positivos. No caso de serviços, já se vê recuperação nos transportes (aéreo e rodoviário) que foram muito afetados nos piores meses da pandemia.

Agostini também aponta que o crescimento de 11% dos investimentos na margem mostra que os agentes econômicos começam a ficar mais confiantes.

"Mesmo que não sejam novos projetos, vemos o investimento voltando, especialmente na construção, um setor que gera muitos empregos", aponta o economista.

O crescimento de 7,6% no consumo das famílias também é um sinal positivo já que este segmento representa dois terços do PIB, embora o desemprego ainda continue alto.

Para 2021, a Austin espera crescimento de 3,3%. "O país só não cresce se o governo não conseguir andar com as reformas e apresentar um plano de estabilização fiscal. Atualmente, há uma onda de otimismo no exterior, com a chegada das vacinas contra o coronavírus e a eleição de Biden. A confiança está voltando e a Bolsa dá sinais disso e sobe", explica o economista.

Ranking de PIBs no terceiro trimestre

No ranking dos PIBs , o primeiro lugar ficou com a Tunísia, que teve crescimento de 19,8% no período, na comparação com o segundo trimestre. No segundo lugar, aparece a França, com crescimento de 18,7% no período, seguida pela Malásia, com expansão de 0,6%.

Países que foram duramente afetados pela pandemia, como Espanha e Itália, aparecem na quarta e quinta posições, respectivamente. A economia espanhola teve expansão de 16,7% no período, enquanto a italiana cresceu 15,9%.

A maior economia na zona do euro, a da Alemanha, teve crescimento de 8,5% no terceiro trimestre, ocupando a 21ª posição no ranking.

Confira o ranking dos 30 PIBs que mais cresceram, segundo a Austin Rating

  • 1) Tunísia: 19,8%
  • 2) França: 18,7%
  • 3) Malásia: 18,2%
  • 4) Espanha: 16,7%
  • 5) Itália: 15,9%
  • 6) Turquia: 15,6%
  • 7) Reino Unido: 15,5%
  • 8) Portugal : 13,3%
  • 9) Eslovênia: 12,4%
  • 10) Nigéria: 12,1%
  • 11) México: 12,1%
  • 12) Aústria: 12,0%
  • 13) Eslováquia: 11,7%
  • 14) Bélgica: 11,4%
  • 15) Hungria: 11,4%
  • 16) Chipre: 9,4%
  • 17) Cingapura: 9,2%
  • 18) Canadá: 8,9%
  • 19) Colômbia : 8,7%
  • 20) Ucrânia: 8,5%
  • 21) Alemanha: 8,5%
  • 22) Israel: 8,4%
  • 23) Filipinas: 8,0%
  • 24) Polônia: 7,9%
  • 25) BRASIL: 7,7%
  • 26) Holanda: 7,7%
  • 27) EUA: 7,4%
  • 28) Sérvia: 7,4%
  • 29) Suíça: 7,2%
  • 30) Letônia: 7,1%.