O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) publicou na última semana uma retificação na portaria nº 174, de 13 de agosto de 2018 que define o zoneamento agrícola de risco climático para a cultura do feijão-caupi (Vigna unguiculata) para a safra 2018/2019 em Mato Grosso.
Com as correções, foram incluídas cultivares que haviam ficado fora da primeira publicação.
Entre as cultivares que foram incluídas estão algumas das mais plantadas no estado, como a BRS Itaim, BRS Guariba, BRS Novaera, BRS Cauamé, BRS Tumucumaque, BRS Aracê e BRS Imponente.
A ausência das cultivares na primeira versão da portaria ocorreu devido a uma falha no sistema, que não permitiu a inclusão das cultivares naqueles estados em que não havia zoneamento anterior para a cultura. É o caso do feijão-caupi em Mato Grosso.
O problema havia sido identificado pela equipe de pesquisadores da Embrapa Agrossilvipastoril, Embrapa Meio Norte e Embrapa Informática Agropecuária que trabalhou no levantamento de informações prévias para a publicação da portaria do zoneamento.
Corrigida a falha, produtores e instituições financiadoras já podem se orientar pelo documento sobre a época de plantio ideal para cada grupo de cultivares em cada município do estado e para cada tipo de solo, além de conhecer o risco climático envolvido na atividade.
O zoneamento conta com três faixas de risco, de 20%, 30% e 40%. Ou seja, é o risco de frustração de safra devido às condições climáticas adversas. Com isso, os agricultores que quiserem, podem plantar fora da faixa ideal, arcando com um risco maior, mas ainda assim sendo contemplados pelas linhas de crédito e de seguro. Para isso, entretanto, os valores cobrados são proporcionais ao aumento do risco de frustração de safra.
Para elaboração do zoneamento, pesquisadores fizeram um levantamento de informações sobre clima, tipo de solo e características da cultura, como área cultivada e ciclo de produção. Com esses dados fizeram as primeiras simulações de risco para as diferentes épocas de plantio.
Após isso, entrevistaram produtores e aplicaram questionários. A partir daí é foi feita nova avaliação, comparando a primeira simulação com as respostas dos produtores. Nos casos de necessidade, novos ajustes foram feitos até que se chegasse ao modelo adequado do zoneamento.