Em recente conversa com grupo de empresários veio à tona o quadro de absolutas dificuldades que Mato Grosso vai enfrentar na próxima gestão. É amanhã. Começará em 1º. de janeiro do ano que vem. Faltam pouco mais de seis meses!
A conversa foi profundamente desanimadora. Pior. Nela estavam líderes empresariais responsáveis pela maior parte do PIB do estado. Vou tentar alinhar as suas percepções em alguns itens abaixo. Todos são unânimes numa coisa: o próximo governador precisará de coragem, de coragem e de coragem. Senão morrerá isolado.
1 - Enxugar o tamanho da máquina estatal ao nível da racionalidade compatível com a capacidade fiscal de arrecadação e de gastos;
2 - Fechar o que resta de empresas estatais
3 - Privatizar tudo o que for privatizável e puder ser executado pela iniciativa privada
4 - Reduzir todos os gastos possíveis
5 - Reordenar a relação política com os poderes diante da nova situação fiscal a ser implantada
6 - Relacionar-se com a Assembleia Legislativa no nível de realizar as mudanças que precisarem ser feitas baseado no discurso da racionalidade e da sobrevivência do Estado
7 - Enfrentar o corporativismo do funcionalismo público que se transformou em um poder político paralelo aos outros três constitucionais
8 - Promover imediatamente plano de demissão voluntária estimulando ao máximo esvaziar os quadros, dando oportunidade de sair especialmente àquela massa de servidores que há muito já não contribuem pro serviço público por descompromisso ou por corporativismo. Concursos só os emergenciais.
9 - Focar prioritariamente nos setores-chaves do Estado, direcionando a gestão
10 - Repactuar contratos de fornecimento e de serviços, hoje completamente sem padrão de preços e nem de qualidade.
Todos os presentes na reunião revelaram-se profundamente preocupados com os destinos do Estado e debitam à gestão o sucessivo descontrole fiscal e de qualidade dos serviços públicos. Acreditam que a sociedade e o setor produtivo apoiarão e esperam esse decálogo de medidas.
Acreditam que o mais difícil será lidar com os poderes e com o serviço público que ao longo do tempo descolaram da sociedade pagadora de impostos e passaram a viver dentro dos seus próprios muros de corporativismo.