Sábado, 05 de Outubro de 2024

ARTIGOS Segunda-feira, 02 de Abril de 2018, 14:16 - A | A

Segunda-feira, 02 de Abril de 2018, 14h:16 - A | A

É agora Lava Jato

Junior Macagnam

Recentemente a “Lava Jato” completou 4 anos e motivos para comemorar. A operação que  já recuperou R$ 11 bilhões para os cofres públicos e indiciou dezenas de políticos  desmascarou alguns dos mais complexos esquemas de lavagem de dinheiro e de corrupção do nosso país. De Mato Grosso, 20 políticos foram citados na operação.  

 

A investigação inédita ganhou inclusive roteiro próprio nas telas de cinema, e repercussão no mundo inteiro. As entranhas do poder, a forma de fazer política foi colocada à mostra. O conchavo entre autoridades e empresários de ‘fachada’, criou milionários “sangue sugas” da noite para o dia. 

 

Deste cenário foi criada uma elite cercada de privilégio, luxo e ambição, que furtou o Estado para se perpetuar no poder. A trama não tem fim, e quanto mais se apura, mais se encontra.  

 

Mas até quando vamos tolerar este baixíssimo padrão ético e moral de grande parte dos nossos políticos?  E como faremos que o sistema mude? Idas às ruas? Mais movimentação e cobrança? Ou vamos arregaçar as mangas e tentar mudar o “sistema” que só privilegia os políticos que lá estão, seja de esquerda ou de direita. Políticos estes que alimentam a polarização que vivemos hoje e que a usam como “cortina de fumaça” para proteger e assegurar os privilégios das “castas” Senado,da Câmara Federal e do Palácio do Planalto.  

 

Precisamos manter estes avanços no combate a corrupção que provocaram  mudanças importantes de paradigmas da área pública. O mais importante deles a questão foro privilegiado vem ganhando fôlego, e deve ser rediscutida pelo Supremo Tribunal Federal. A possível  prisão de um ex-presidente, acusado de corrupção, também mostra o fortalecimento da democracia que a Lava Jato trouxe com o resultado de suas investigações.  

 

E é este avanço que é preciso ser reforçado hoje. Precisamos dizer as nossas instituições públicas, ao judiciário, ao legislativo e ao executivo que as ruas precisam ser ouvidas e que até um ex-presidente precisa ser julgado como qualquer  brasileiro. Pois quem “prega” igualdade precisa se curvar a justiça.   “Ou você Vem ele Volta” dia 03 de abril de 2018, a partir das 18 horas, na praça do Chopão.  

 

Junior Macagnam, é empreendedor e membro do movimento cívico político RENOVABR