Na terça-feira (3), o governo se reuniu para acertar detalhes em relação ao projeto de fusão da Embraer com a Boeing. As negociações caminham bem e estão na fase de elaboração de documentos.
O governo espera que a fusão seja concretizada já nas próximas semanas, faltando apenas uma proposta forma para que o Planalto aprove o negócio. As duas empresas deverão apresentar um memorando nos próximos dias com mais detalhes sobre a negociação.
Apesar da expectativa, o negócio ainda não é algo certo, pois ainda passará por auditorias do governo.
Após esse processo, caberá ao Conselho Administrativo da Empresa aprovar o negócio, com a possibilidade de veto por parte do representante da União.
O governo brasileiro tem ação preferencial sobre a Embraer, que passou por processo de privatização ainda em 1994.
Segundo a Folha de São Paulo a fusão deve resultar em duas empresas por questões de soberania nacional, a Embraer desenvolve projetos para as Forças Armadas.
A primeira seria uma empresa comercial para o setor de fabricação de aviões de porte médio, na qual a Boeing teria 80% de participação. Já a outra empresa seria voltada ao setor de defesa e fabricação de jatos executivos, com participação de 80% da Embraer.
No final do ano passado uma proposta apresentada pela Boeing pretendia comprar a Embraer, e pelos mesmos motivos de soberania fora rejeitada pelo governo brasileiro. A negociação seguiu em frente até o ponto em que está agora.
Segundo a mídia brasileira, a negociação envolve bilhões de reais e por isso segue com seus termos em sigilo, mesmo despertando interesse nacional. A expectativa do negócio puxou as ações da empresa para cima, chegando a atingir altas de mais de 6% nesta quarta-feira (4).
A Embraer é hoje considerada a 4ª empresa mais importante do mundo no setor de aviação, atrás da Bombardier, da Airbus e da Boeing.