Sexta-feira, 13 de Junho de 2025

BRASIL & MUNDO Quinta-feira, 05 de Julho de 2018, 09:44 - A | A

Quinta-feira, 05 de Julho de 2018, 09h:44 - A | A

COMÉRCIO E DEFESA

Fusão de Embraer e Boeing deve criar empresa para defesa aérea

Sputinik Brasil

Na terça-feira (3), o governo se reuniu para acertar detalhes em relação ao projeto de fusão da Embraer com a Boeing. As negociações caminham bem e estão na fase de elaboração de documentos.

 

O governo espera que a fusão seja concretizada já nas próximas semanas, faltando apenas uma proposta forma para que o Planalto aprove o negócio. As duas empresas deverão apresentar um memorando nos próximos dias com mais detalhes sobre a negociação.

 

Apesar da expectativa, o negócio ainda não é algo certo, pois ainda passará por auditorias do governo.

 

Após esse processo, caberá ao Conselho Administrativo da Empresa aprovar o negócio, com a possibilidade de veto por parte do representante da União.  

 

O governo brasileiro tem ação preferencial sobre a Embraer, que passou por processo de privatização ainda em 1994.  

 

Segundo a Folha de São Paulo a fusão deve resultar em duas empresas por questões de soberania nacional, a Embraer desenvolve projetos para as Forças Armadas.

 

A primeira seria uma empresa comercial para o setor de fabricação de aviões de porte médio, na qual a Boeing teria 80% de participação. Já a outra empresa seria voltada ao setor de defesa e fabricação de jatos executivos, com participação de 80% da Embraer.

 

No final do ano passado uma proposta apresentada pela Boeing pretendia comprar a Embraer, e pelos mesmos motivos de soberania fora rejeitada pelo governo brasileiro. A negociação seguiu em frente até o ponto em que está agora.  

 

Segundo a mídia brasileira, a negociação envolve bilhões de reais e por isso segue com seus termos em sigilo, mesmo despertando interesse nacional.   A expectativa do negócio puxou as ações da empresa para cima, chegando a atingir altas de mais de 6% nesta quarta-feira (4).  

 

A Embraer é hoje considerada a 4ª empresa mais importante do mundo no setor de aviação, atrás da Bombardier, da Airbus e da Boeing.