Bebê indígena enterrada viva em Canarana (823 km a leste de Cuiabá) respira sem ajuda de aparelhos, conforme boletim médico divulgado nesta segunda-feira (25), pela equipe da Santa Casa de Misericórdia de Cuiabá. Analu Paluni Kamayura Trumai, luta pela vida desde 5 de junho, quando foi desenterrada do quintal da casa da família.
Com menos de 1 mês de vida, a recém-nascida permanece internada em estado grave, mas estável, na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Neo Natal do hospital filantrópico, para onde foi trazida após receber os primeiros atendimentos em Água Boa.
Segundo a equipe médica, a gravidade do caso se baseia na função renal, que não apresentou melhoras. Entretanto, a menina já respira sem ajuda dos aparelhos. Ela ainda passa por diálise peritoneal e aguarda novos exames.
Caso
Analu foi desenterrada por policiais civis e militares, após denúncia que de havia um feto enterrado no quintal por uma família indígena. Ao cavar, policiais ouviram o choro e rapidamente socorreram a criança.
A bisavô, Kutz Amin, 57, foi responsabilizada por tentativa de homicídio, assim como a avó, Tapoalu Kamayura, 33, e ambas se encontram com uso de tornozeleira eletrônica. Elas respondem criminalmente na Justiça pela tentativa de homicídio contra a criança, que não aceitavam por ser furto de relacionamento extraconjugal da neta, de 15 anos.