Segunda-feira, 01 de Dezembro de 2025

CIDADES Domingo, 24 de Maio de 2020, 19:05 - A | A

Domingo, 24 de Maio de 2020, 19h:05 - A | A

DELIVERY E E-COMMERCE

Compras na internet disparam e comércio terá que se reinventar apesar de carga tributária alta

Vivian Nunes/Rafael Martins - O Bom da Notícia

O avanço do coronavírus no país fez com que a compra pela internet disparasse no Brasil. Um consumo que está virando uma tendência, fortalecido com o isolamento social imposto para o controle do coronavírus. Assim, hoje, as pessoas passaram a consumir mais pela internet, seja por aplicativos de delivery ou e-commerce.  

Uma pesquisa realizada pela Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo (SBVC) em parceria com a Toluna revela que 52% dos entrevistados estão comprando mais em sites e aplicativos durante a quarentena e 70% deles pretendem continuar consumindo por meio online após a pandemia.  

O estudo Novos Hábitos Digitais em Tempos de Covid-19 aponta que a crise do coronavírus fez com que a transformação digital do varejo se tornasse prioridade para manter os negócios em operação

O estudo Novos Hábitos Digitais em Tempos de Covid-19 aponta que a crise do coronavírus fez com que a transformação digital do varejo se tornasse prioridade para manter os negócios em operação. O consumidor, por sua vez, rapidamente mudou seus hábitos, abraçando as ferramentas digitais.  

Exemplo disso é o presidente da Fecomércio e proprietário da Verdão Materiais para Construção, José Wenceslau Júnior, que antes da pandemia tinha receio de usar as ferramentas digitais para as compras, mas hoje em dia está cada vez mais adepto.  

Em live com o jornalista Edivaldo Ribeiro, no O Bom da Notícia, Wenceslau revela que muitos que começaram a acessar a internet, viram que muitas vezes sai mais em conta adquirir um produto pela internet do que ir em uma loja física. Visto que, uma torneira que custa em torno de R$ 400 em sua loja, pela internet pode ter um preço, por exemplo, de até R$300.  

“O problema é que nós temos um logística muito ruim e uma carga tributária muito alta. Assim, quando se explica isso para o cliente, buscando repassar que não é a empresa que está ganhando mais pelo produto, ao encarece-lo, mas, porque o empreesário ao adquiri-lo,  paga uma carga tributária altíssima, a pessoa que está comprando não quer saber disto”, explica Wenceslau.    

E nesta pandemia e com uma volta bastante paulatina das atividades econômicas, em particular, na capital, muitos estão cada vez mais adeptos às compras pela web. Como a professora Ivana Amiki, 43 anos, que saiu de casa para procurar um fone de ouvido para o filho, mas não encontrou o modelo desejado e, assim, a internet foi a alternativa de compra.  

“Como algumas lojas estão fechadas, tenho buscado pela internet, algo que raramente eu fazia antes da pandemia. Só nesse período já comprei sapatos, coisas de casa e outros itens. E às vezes nem precisamos, mas acabamos comprando porque passamos mais tempo online”, menciona ao O Bom da Notícia.  

Já o estoquista Jonas Neto, 20 anos, que comprava diferentes produtos pela internet, parou durante este período pandêmico. Sob a justificativa, de que apesar da facilidade e preços melhores, a renda encolheu com a suspensão do seu contrato de trabalho.  “Estou priorizando pagar contas e comprar alimentos para não ficar faltando depois”.

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