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CIDADES Quarta-feira, 16 de Maio de 2018, 06:40 - A | A

Quarta-feira, 16 de Maio de 2018, 06h:40 - A | A

CIRURGIA PLÁSTICA

CRM abre sindicância e aguarda laudo sobre morte de mulher após cirurgia

Karollen Nadeska, da Redação

O Conselho Regional de Medicina de Mato Grosso (CRM) instaurou uma sindicância para apurar a morte de Edleia Danielle Ferreira, de 33 anos, após complicações em cirurgia plástica, realizada no Hospital Militar, em Cuiabá, no domingo (13).


Segundo a assessoria de imprensa do órgão, o processo será apurado por um grupo de conselheiros que vai avaliar se o médico responsável, teve ou não parcela de culpa na morte da paciente. Os membros da comissão também irão averiguar as condições em que a operação foi realizada. Caso o médico seja considerado culpado, a sindicância será encaminhada para julgamento, que pode resultar na cassação do registro profissional.


Em contrapartida, a assessoria explicou que se não houver culpabilidade do cirurgião, o caso será arquivado.


Edleia Danielle Ferreira foi operada no Hospital Militar, em Cuiabá. A família dela registrou um boletim de ocorrência contra a unidade, afirmando que a paciente não recebeu assistência adequada após a cirurgia.


Segundo o documento, enfermeiros visualizaram sangramento na parte das costas de Edleia. A comunicante do fato, que estava na condição de acompanhante, disse que na ocasião não havia nenhum médico plantonista. Ela afirma ainda que o setor administrativo do hospital cobrou um cheque caução no valor de R$17 mil para a transferência da vítima, porque naquele local não havia Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Horas mais tarde a morte foi confirmada no Sotrauma.


Porém, na manhã desta terça-feira (15), o diretor do Hospital Militar, coronel Kléber Duarte, negou a inexistência de plantonista no dia do óbito.


“Diga-se de passagem que o óbito não ocorreu aqui no hospital, porque teve uma complicação e a paciente foi transferida. O Hospital Militar tem uma equipe médica de plantão 24 horas por dia. Foi prestado todo o apoio necessário”, afirmou em entrevista à rádio Vila Real.


Conforme o coronel, é cedo para apontar um culpado.“Ao meu entendimento técnico e administrativo não existe culpado de ambas as partes, até que se prove ou até que se determine os laudos periciais, que já estão feitos pelos órgãos competentes”, confrontou.