No podcast Umanos Literário, um dos principais produtos do Cast do Bom, do site O Bom da Notícia, realizado esta semana, o apresentador, empresário e escritor Leandro Doorneles recebeu três convidados: o escritor, médium espírita e diretor financeiro da Umanos Editora, Lucas Budoia e os escritores Marcelo Pereira e Néliton Góis.
Os convidados conversaram sobre as fantasias de certos escritores iniciantes, que vislumbram na publicação de livros um passaporte para a fama, e que terminam desiludidos quando a realidade se desvela.
De acordo com Lucas Budoia, o primeiro livro de um escritor serve, especialmente, como aprendizado para sua consolidação no meio editorial.
"O primeiro livro do escritor serve para ele conhecer, entender o que é o mercado editorial. Para ele saber quais são os passos que ele tem que caminhar para poder ter uma boa venda, ser considerado no mercado editorial como um escritor... Então, assim, é o primeiro livro, a pessoa quebra aquele deslumbre todo. Ainda que objetivo é sempre que o maior número de pessoas leiam os livros ".
Ao apontar que, contudo, mesmo que o resultado não seja como o esperado, o ideal é que o escritor sempre veja o lado positivo e não desista. "Vontade dá [de se tornar um escritor conhecido], você não escreve um livro só para você, a gente quer que o maior número de pessoas leiam, mas eu não tenho essa pretensão de me tornar um best-seller. Por menos que a gente tenha essa expectativa, ela sempre existe. Você cria toda uma expectativa, chega no momento e nem sempre é como você idealizou. Mas eu não acho que é negativo, pelo contrário".
Outro convidado, Néliton Góis, comentou que dificilmente o sucesso virá logo no primeiro livro, mas que isso não é motivo de desesperança.
Ao mencionar que em diversos casos, o livro do escritor atinge status de best-seller (que frequentam as listas dos livros mais comprados) depois de já estar consolidado no mercado. "Não é no primeiro livro que um escritor vai se tornar best-selle. Existem casos de escritores que se tornaram best-seller entre o quinto e o décimo livro, em que o primeiro vai ser o mais vendido".
Já o escrito Marcelo Pereira admite que sempre fica ansioso nos lançamentos de seus livros e com esperança alta. Mas mesmo quando suas expectativas não são atendidas, continua escrevendo e produzindo literatura independentemente.
"Fica uma ansiedade, numa esperança, de você chegar no evento e ter uma fila gigantesca para te prestigiar, seria maravilhoso. Mas eu procuro continuar escrevendo. Não parei. Hoje em dia já tenho 20 livros escritos".