Quarta-feira, 12 de Novembro de 2025

CIDADES Domingo, 09 de Novembro de 2025, 20:10 - A | A

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VESTIBULAR

Enem 2025 propõe reflexão sobre envelhecimento e preconceito etário no Brasil

Tema da redação leva 4,8 milhões de candidatos a debater desafios e perspectivas do envelhecimento em uma sociedade que ainda invisibiliza os idosos

Redação do O Bom da Notícia

O tema da redação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2025 foi divulgado na manhã deste domingo (9): “Perspectivas acerca do envelhecimento na sociedade brasileira”. O anúncio foi feito pelo ministro da Educação, Camilo Santana, nas redes oficiais do Inep e do Ministério da Educação, logo após o início da aplicação da prova em todo o país.

Com 4,8 milhões de inscritos, um aumento de 11,8% em relação a 2024, o Enem deste ano voltou a destacar uma pauta de cunho social e humano. Assim como nas últimas edições, a proposta da redação mantém a tradição de provocar o debate sobre temas ligados à inclusão e à invisibilidade de grupos sociais, incentivando os estudantes a pensar além do conteúdo escolar.

O envelhecimento da população brasileira é um fenômeno crescente: segundo dados do IBGE, o país deve ter mais idosos do que crianças até 2030. Nesse cenário, o tema escolhido coloca em discussão não apenas o avanço da idade, mas também o etarismo, termo que se refere ao preconceito e à exclusão de pessoas mais velhas em diversos contextos — do mercado de trabalho às relações sociais.

Especialistas em educação apontam que o assunto permite aos candidatos explorar dimensões éticas, culturais e políticas da questão, abordando desde políticas públicas para o cuidado com idosos até a importância de valorizar a experiência e o protagonismo dessa parcela da população.

A redação do Enem, tradicionalmente, busca medir a capacidade de argumentação, reflexão crítica e empatia social dos candidatos. Neste ano, mais do que escrever sobre envelhecer, os estudantes foram convidados a refletir sobre como o Brasil enxerga e trata seus idosos — um desafio que ultrapassa gerações e exige transformação coletiva.