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CIDADES Quarta-feira, 04 de Abril de 2018, 15:10 - A | A

Quarta-feira, 04 de Abril de 2018, 15h:10 - A | A

SANTA CASA

MP e AL cobram repasse de R$ 43 milhões para filantrópicos

Karollen Nadeska, da Redação

Representantes de hospitais filantrópicos, da Prefeitura de Cuiabá, Assembleia Legislativa e do Ministério Público Estadual (MPE), se reuniram na manhã desta quarta-feira (04), para discutir problemas financeiros que assolam à Saúde de Mato Grosso.


No encontro, o diretor da Santa Casa de Misericórdia, Antônio Preza, frisou que a iniciativa de reunir os poderes foi um passo importante para tentar resolver o impasse. Contudo, os recursos na ordem de R$ 43 milhões ainda não foram depositados na conta dos hospitais, mesma razão pela qual foram suspensos os atendimentos a novos pacientes.


“Nós tivemos essa reunião que foram colocadas todas as questões que estão apertando o cinto dos nossos hospitais e na Santa Casa o que está mais agudo é a questão da emenda. Então saímos daqui e depois vamos nos reunir com o secretário e o prefeito, para tentar uma solução definitivamente”, disse Antônio Preza.


De acordo com o diretor da unidade, somente de recursos federais que estão pendentes, deveriam ter sido retirados de um total de R$ 100 milhões que foram articulados pela bancada parlamentar de Mato Grosso, haja vista que o dinheiro foi enviado ao governo do Estado ainda no ano passado.


“O deputado Botelho se dispôs fazer uma discussão junto ao governo do estado, daqueles R$ 33 milhões que foram destinados também de emendas para os cincos filantrópicos que não foram repassados até hoje. Todos esses recursos foram calculados em cima dos débitos dos nossos passivos. O governo já recebeu esse recurso”, afirmou aos jornalistas.


O presidente da Assembleia Legislativa, Eduardo Botelho (DEM), que foi um dos interlocutores da reunião, assegurou que o prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (PMDB), se dispôs a marcar um novo encontro para avaliar a possibilidade do repasse dos R$ 10 milhões, que estão retidos nos cofres do município.


“O prefeito veio e participou, porque tinha problemas com o município. Ele se dispôs a resolver alguns assuntos especificamente da Santa Casa, do Hospital do Câncer e do Hospital Geral. E tem outras situações que nós vamos lutar para resolver daqui para frente, como por exemplo, a questão das emendas”, disparou o parlamentar.


Representando o MPE, o procurador-geral, Mauro Curvo, disse que além da questão dos atrasos de recursos, também foram discutidas novas propostas com objetivo de desafogar o caos na saúde pública do Estado.


“Aqui nós tratamos de casos específicos e dos recursos que têm na conta do município que tem algum entrave burocrático para ser superado. Para tentar resolver o passado que hoje vem dificultando o funcionamento dos filantrópicos, a solução é uma só, o repasse dos R$ 33 milhões. Mas, existe o pra frente, e pra resolver é aproveitar o fundo de estabilização que está sendo proposto pelo governo, avançando em incentivo".