Sexta-feira, 04 de Outubro de 2024

CIDADES Terça-feira, 18 de Dezembro de 2018, 09:46 - A | A

Terça-feira, 18 de Dezembro de 2018, 09h:46 - A | A

EX-SECRETÁRIO PRESO

Organização criminosa desclassificava concorrentes para atuar livremente na Saúde de Cuiabá

Karollen Nadeska, da Redação

O ex-secretário de Saúde de Cuiabá, Huark Douglas Correia, é um dos alvos dos mandados de prisão cumpridos pela Delegacia Especializada de Crimes Fazendários e Contra a Administração Pública, na Operação “Sangria”, deflagrada nesta terça-feira (18). Ao todo são 8 ordens de prisões preventivas e 4 de busca e apreensão, em desfavor de uma organização criminosa que monopolizava a Saúde Pública de Mato Grosso.

 

Além do ex-secretário, estão sendo cumpridos mandados contra Fábio Liberali Weissheimer (médico); Adriano Luiz Sousa (empresário); Kedna Iracema Fonteneli Servo; Luciano Correa Ribeiro (médico); Flávio Alexandre Taques da Silva Fábio Alex Taques Figueiredo e Celita Natalina Liberali.

 

Segundo a Polícia Judiciária Civil, a operação, oriunda de investigação da Delegacia Especializada de Crimes Fazendários e Contra a Administração Pública (Defaz), é desdobramento do cumprimento de onze mandados de busca e apreensão, expedidos pela 7ª Vara Criminal de Cuiabá, ocorridos no dia 4 de dezembro, para apurar irregularidades em licitações e contratos firmados com as empresas Proclin (Sociedade Mato-Grossense de Assistência Médica em Medicina Interna), Qualycare (Serviços de Saúde e Atendimento Domiciliar LTDA) e a Prox Participações, firmados com o município de Cuiabá e o Estado.

 

Os alvos da segunda fase, entre eles três médicos, um gerente de licitação, um coordenador financeiro, parente, e funcionários das empresas prestadoras de serviços médicos hospitalares, são investigados em crimes de obstrução à justiça praticada por organização criminosa e coação no curso do processo.

 

Segundo a apuração da Defaz, a organização mantém influência dentro da administração pública, no sentido de desclassificar concorrentes, para que ao final apenas empresas pertencentes a eles (Proclin/Qualycare) possam atuar livremente no mercado, “fazendo o que bem entender, sem serem incomodados, em total prejuízo a população mais carente que depende da saúde pública para sobreviver”.