Quem passa pela praça Ipiranga, em Cuiabá, constata o abandono do local. Dentre os problemas relatados pela população está o de pisos soltando e as luminárias sendo quebradas. A reclamação se estende devido à sujeira e ao mau cheiro do local e, ainda, a água parada no chafariz, potencial criadouro do Aedes aegypti.
A praça foi revitalizada em junho de 2018. Localizada em uma região tombada como patrimônio histórico, a obra custou aos cofres públicos o valor de aproximadamente R$ 400 mil. Na época, a prefeitura modificou o paisagismo, piso, calçadas e jardinagem, além de melhorar as instalações elétricas e iluminação, que não durou muito tempo.
O tradicional chafariz, que há muito tempo não funcionava, também foi restaurado. Funcionou alguns meses após a entrega da praça e segue sem ser ligado. A água parada serve apenas como criadouro do Aedes aegypti.
Praça da República também pede socorro
GD
Já quem passa pela Praça da República, no Centro Histórico de Cuiabá, percebe um amontoado de pedras e materiais de construção espalhados por todo lado. Há pelo menos quatro meses a obra de revitalização da praça não sai do lugar. O piso português da área central foi retirado e amontoado, não há isolamento e sinalização nessa parte, que é irregular. E ainda com estacas, o que oferece riscos para quem transita pela praça. Enfim, para comerciantes e a população, a imagem que se tem do local é de descaso.
A obra - que já andava em passos lentos - foi interrompida, em dezembro do ano passado, devido à falta de autorização do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). Até está sexta-feira (13), mesmo com a autorização do Iphan, a obra ainda não havia sido retomada.
O presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Tecidos, Confecções e Armarinhos de Mato Grosso (Sincotec-MT), Roberto Peron, explicou que o abando na região repassa uma imagem ruim do centro da cidade e impacta diretamente no comércio local, assim como na imagem de Cuiabá. Para ele, a praça é apenas uma pequena mostra do que representa hoje a falta de investimento e de interesse, tanto do poder público quanto de familiares que herdaram os prédios.
“O centro é como um cartão de visita da cidade. Se você não cuida, as pessoas perdem o interesse em investir em novos comércios, além de não atrair a população [...] Temos cobrado constantemente, assim como outras questões, mas até o momento nada mudou”, pontua.
Outro lado
Em relação à demanda da Praça Ipiranga, a Prefeitura informa que:
-A Secretaria de Serviços Urbanos está fazendo o levantamento do número de equipamentos danificados, para providenciar a manutenção necessária.
-Em relação à limpeza, uma equipe de varrição atua diariamente em todo o espaço da praça.
-O chafariz recebe o trabalho de limpeza semanalmente e já existe uma ação programada para esta semana.
-Além disso, por conta da pandemia do Covid-19, a Ipiranga é um dos espaços que tem recebido o trabalho de higienização com borrifadores.