Um agente prisional acusado de facilitar a entrada de aparelhos celulares na Penitenciária Major Eldo Sá Corrêa (Mata Grande), em Rondonópolis (212 km ao Sul) teve o mandado de prisão cumprido pela Polícia Judiciária Civil, nesta segunda-feira (18.06), em trabalho da Delegacia Especializada de Roubos e Furtos (Derf). Na ação, também foi cumprida a prisão contra a companheira de um detento, que atuava junto ao servidor.
O investigado, R.H.S.S., teve as ordens de prisão temporária e de busca e apreensão domiciliar expedidas pela Comarca de Rondonópolis, após ser descoberta sua atuação com a entrada com aparelhos celulares na Penitenciária, a pedido de detentos. As diligências iniciaram no mês de novembro de 2017, depois da explosão do muro da unidade prisional, oportunidade em que houve a fuga de 27 presos.
Durante investigações sobre a possível participação de servidores públicos na facilitação do crime, os policiais civis da Derf descobriram que o agente prisional ingressava aparelhos celulares no Presídio Major Eldo Sá Corrêa, onde exerce suas funções.
Mesmo não ficando evidenciado a participação do agente prisional na fuga, ocorrida em novembro de 2017, a equipe descobriu que R.H.S.S., articulado com Vanunsa Alves da Silva (esposa de um reeducando), entrava com aparelhos celulares no presídio. Fatos que após comprovados resultaram na representação dos mandados judiciais.
Com os mandados decretados pela Justiça, os policiais civis da Derf deram cumprimento a ordem jdicial contra R.H.S.S., nesta segunda-feira (18), na unidade prisional, onde ele estava de plantão. Dentro do banco da motocicleta do suspeito. foi localizado quatro aparelhos celulares.
Na sequência, foram realizadas busca na casa do suspeito, e apreendida uma arma de fogo irregular (revolver calibre 38). A acusada, Vanusa Alves da Silva, também teve o mandado de prisão cumprido.
Conduzido à Derf, R.H.S.S. foi interrogado pelo delegado de polícia Gustavo Belão, e assumiu que atuava na introdução dos aparelhos celulares na Penitenciária, alegando que cobrava, entre R$ 300 a 400, para praticar o crime, dependendo do tamanho do telefone móvel.
Indiciado pelos crimes de corrupção passiva, associação criminosa e ingressar com aparelhos celulares no presídio, R.H.S.S. também foi autuado em flagrante pelos crimes de posse ilegal de arma de fogo e tentativa de ingressar aparelho celular no presídio.
Vanusa Alves da Silva teve o mandado de prisão cumprido e será indiciada pelos crimes de corrupção ativa, associação criminosa e auxiliar ou promover o ingresso de aparelho celular no presídio.