O juiz João Bosco Soares, do Núcleo de Inquéritos Policiais (Nipo), revogou nesta segunda-feira (11), a prisão preventiva do fazendeiro, empresário e médico veterinário Aníbal Manoel Laurindo. Ele é acusado de ser um dos mandantes do assassinato do advogado Roberto Zampieri, de 56 anos, em dezembro de 2023, no bairro Bosque da Saúde, em Cuiabá.
Durante audiência de custódia, o magistrado determinou a implantação de medidas cautelares como uso de tornozeleira eletrônica, suspensão do passaporte do investigado, suspensão do registro de Colecionador, Atirador Desportivo e Caçador (CACs) e a a proibição de se ausentar da comarca de Cuiabá sem a prévia autorização do juízo.
Aníbal foi preso nesta manhã ao se apresentar na sede da Delegacia Especializada em Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), de Cuiabá, ao se apresentar para o cumprimento de uma prisão temporária de 30 dias.
Além dele, sua esposa, Elenice Ballarotti Laurindo, e seu irmão José Vanderlei Laurindo também são suspeitos de terem mandado matar o jurista após uma disputa de terra, na qual perderam uma fazenda, no valor de R$ 6 milhões, em Paranatinga (376 km de Cuiabá).
Zampieri foi executado, no dia 5 de dezembro, enquanto deixava o escritório em que trabalhava e, ao entrar no seu veículo, um Fiat Strada, foi surpreendido pelo assassino, que efetuou ao menos 10 disparos na direção do advogado.
Nas gravações, obtidas por meio de câmeras de segurança de empreendimentos da localidade, é possível ver que o assassino cometeu o crime com o rosto descoberto, usando uma caixa para abafar o som, e que ele fugiu a pé.
A Polícia Civil já indiciou por por homicídio qualificado três suspeitos de participação no crime: Etevaldo Luiz Caçadini, Antônio Gomes e Hedilerson Barbosa.
Para a polícia, não há dúvidas da participação do trio no crime. Caçadini é o suposto financiador, Antônio Gomes da Silva é apontado como executor; e Hedilerson Barbosa como o suposto intermediário. Todos seguem presos.