Celular de Isabele Guimarães Ramos, que foi morta com um tiro dado pela amiga, continua bloqueado e, por isso, não foi periciado pela Polícia Civil.
Conforme o delegado Wagner Bassi, titular da Delegacia Especializada do Adolescente (DEA), este foi o único aparelho, dos 16 apreendidos, que não foi possível desbloquear.
Por ser um iPhone XR, os investigadores não conseguiram extrair e analisar os arquivos e dados contidos no celular.
No relatório concluído no dia 4 de agosto, a Polícia diz que existem técnicas avançadas, como o acesso ao usuário Root, que até possibilitariam o desbloqueio e extração das informações manualmente. Mas poderia acarretar em alterações no sistema de segurança do celular que pode resultar na perda permanente dos arquivos.
Com isso, a construção do inquérito contou com as mensagens contidas apenas no celular da amiga que efetuou o disparo.
Na análise das conversas entre as duas, a Polícia afirma que não conseguiu identificar nenhuma briga ou qualquer desavença entre as meninas. Pelo contrário, as mensagens mostram a proximidade entre as amigas.
“Os diálogos entre as duas é extenso no aparelho analisado. Entretanto, a caráter de amostragem, é possível visualizar a boa relação mencionada a partir das imagens expostas”, diz trecho do relatório.
Inquérito concluído
Isabele foi morta no dia 12 de julho, no condomínio Alphaville, em Cuiabá. O inquérito foi finalizado cerca de 50 dias após sua morte.
A conclusão do inquérito da Polícia Civil foi apresentada em entrevista coletiva na tarde de quarta-feira (2).
A Polícia Civil concluiu que a amiga atirou na vítima de modo intencional, sendo que ela responde por ato infracional análogo a homicídio doloso.
“Para nós, essa conduta de apontar a arma para amiga, a gente acha que a conduta é dolosa, por no mínimo saber do risco. Ela era uma adolescente treinada e capacitada”, disse o delegado Wagner Bassi. (Com informações Midia News)