Quarta-feira, 10 de Setembro de 2025

POLÍCIA Terça-feira, 09 de Setembro de 2025, 15:47 - A | A

Terça-feira, 09 de Setembro de 2025, 15h:47 - A | A

OFICIAL NEGA O CRIME

Tenente-coronel da PM suspeito de crimes sexuais é preso em Cuiabá

Cris Mattos - O Bom da Notícia

O tenente-coronel da Polícia Militar de Mato Grosso, Alexandre José Dal Acqua, exonerado em agosto deste ano, se apresentou à Justiça Militar da Comarca de Cuiabá na manhã de segunda-feira (8). Ele é suspeito de crimes sexuais contra uma estagiária e outras duas mulheres em Juína (735 km de Cuiabá).

A denúncia contra o PM foi formalmente registrada em abril de 2025 por meio da plataforma “Fala, Cidadão”. 

De acordo com as investigações, uma das vítimas - uma estagiária lotada no 8º Comando Regional de Juína - relatou que o crime ocorreu durante a cerimônia de passagem de comando no dia 19 de fevereiro de 2024, data em que Dal Acqua assumiu oficialmente o posto de comandante local. 

A partir do recebimento da primeira denúncia, a Corregedoria-Geral da Polícia Militar instaurou o inquérito e, no dia 12 de agosto de 2025, determinou a exoneração do oficial do cargo de comandante. Apesar da denúnica, o PM nega o crime.

A Corregedoria-Geral da PM informou que prossegue com as diligências investigativas para esclarecer o caso. O inquérito tramita em sigilo, em razão da gravidade das denúncias e da necessidade de resguardar as vítimas.

Em nota oficial, a corporação afirmou que acompanha a situação de perto, garantindo apoio emocional e psicológico às vítimas e familiares. A PM ressaltou ainda que não compactua com práticas criminosas ou ilícitas cometidas por integrantes da instituição.

Defesa nega acusações

A defesa do oficial, representada pelo advogado Geraldo Bahia, afirmou que o tenente-coronel se apresentou de forma voluntária, "convicto de sua inocência e determinado a esclarecer os rumores que colocaram em dúvida sua reputação construída ao longo de mais de duas décadas de serviços prestados à segurança pública".

O advogado também lamentou o vazamento de informações de uma investigação que deveria estar sob sigilo, o que, segundo ele, causa danos à imagem do acusado e fere princípios do devido processo legal.

Segundo a defesa, testemunhas serão ouvidas para comprovar a inocência do oficial. Entre elas, estaria a responsável pelo controle de acesso de um estabelecimento citado por uma das vítimas, que teria assegurado que o local permanecia trancado à noite e que Dal Acqua não esteve no endereço na data dos fatos.

"O acusado reafirma sua confiança em uma apuração correta, justa e imparcial, colocando-se inteiramente à disposição da Justiça e das autoridades competentes para prestar todos os esclarecimentos necessários", destacou a defesa em nota.