O prefeito eleito da cidade de Recife, João Campos (PSB), declarou em entrevista à jornalista Andrea Sadi, na manhã desta terça-feira (1) que o seu partido e o PDT tiveram bons resultados na eleição no Nordeste ao formarem um bloco progressista, no entanto, não respondeu se o PT teria espaço nesse movimento de esquerda. Ele venceu a prima Marília Arraes, que concorreu pelo PT.
"É uma avaliação que os partidos vão fazer (se o PT vai integrar o bloco). O PT não quis fazer parte de bloco nenhum nas eleições de 2020 quando tomou a decisão de lançar candidaturas em quase todas as grandes cidades brasileiras, muitas delas de maneira isolada, e o resultado foi dado pelo povo: nenhuma das capitais brasileiras será administrada pelo PT pelos próximos 4 anos. O bloco estava conversando nacionalmente e o PT abriu mão de fazer parte", afirmou.
O prefeito eleito também disse em relação ao PT que "não basta falar, é preciso práticar". Campos relembrou que o seu partido abriu mão de disputar as eleições em algumas cidades para priorizar candidaturas de aliados com maior chance de êxito, ou com histórico de relação com as cidade.
João Campos, de 27 anos, também prometeu cumprir o mandato até o final. Ele é filho de Eduardo Campos - antigo cacíque do PSB morto em 2014 em um acidente de avião - e é visto dentro do partido como uma liderança em formação.
O prefeito eleito comentou a eleição que vai escolher o novo presidente da Câmara dos deputados, em fevereiro de 2021, e disse que vai discutir com a bancada se o PSB vai apoiar uma candidatura de esquerda, ou eventualmente o candidato Arthur Lira, ligado ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido).