Em conversa com os jornalistas esta semana, o governador Mauro Mendes (UB) não demostrou interesse no projeto de Lei de autoria do deputado estadual Wilson Santos (PSD), que prevê a utilização de câmeras nas fardas dos polícias em Mato Grosso.
“Olha, primeiro nós vamos conversar com a Polícia Militar porque essa experiência ela foi feita em alguns lugares e tem opiniões controversas e de que não é bem sucedida assim”.
E sem citar o deputado, Mendes ainda criticou a possibilidade da Polícia ser ‘vigiada’ enquanto os bandidos estão a solta.
“A Polícia tem que ser vigiada, e os bandidos correm soltos, roubam aprontam, então existe aí uma questão muito sensível e o governo vai fazer aquilo que contemple a boa e correta aplicação da segurança pública em Mato Grosso”, acrescentou.
O projeto de lei do deputado Wilson Santos defende que a gravação das ações policiais vai resguardar o cidadão contra possíveis excessos praticados por profissionais das forças de segurança, bem como os próprios agentes contra falsas acusações. A proposta prevê a instalação gradativa dos equipamentos por um prazo máximo de um ano após a publicação da Lei.
O projeto foi apresentado em 2022, mas arquivado pela Casa de Leis. Sua retomada ganhou força após a morte do jovem Diego Kalininski, 25 anos, no dia 4 de março. Ele foi abatido a tiros por um policial militar após ser retirado de uma festa no município de Vera (a 460 km de Cuiabá).
O rapaz teria tomado o cassetete de um PM e investido contra ele. O policial alegou, num primeiro momento, legítima defesa.