A coligação do candidato Abilio Brunini (PL) “vestiu a carapuça” e ingressou com ação para tentar suspender a propaganda eleitoral do candidato Eduardo Botelho (União) que fala de um “doido de pedra que fala debochês”.
“Agora aquele outro doido de pedra o linguajar dele é "deboches", cara lambido. Fala mal dos servidores da prefeitura. Será que ele tá achando que vai governar Cuiabá sozinho?”, diz a comadre, uma personagem cuiabana que fala na propaganda.
O juiz da 1ª Zona Eleitoral, Moacir Rogério Tortato, negou a suspensão liminar da propaganda na decisão proferida na quinta-feira (5), por não verificar ofensa à legislação e entender que a crítica ácida à atuação dos adversários é parte do processo eleitoral.
“Não se pode ignorar ainda que, em período de campanha eleitoral, cada candidato busca exaltar suas qualidades, de modo a apresentar-se como o mais apto perante os eleitores a ocupar o cargo eletivo, não sendo incomum o aparecimento de críticas - ainda que ácidas - e questionamentos quanto a atuação dos seus opositores”, disse o magistrado.
A ação da coligação Resgatando Cuiabá (PL, PRTB e DC), havia sido impetrada na quarta-feira (4).
Na mesma propaganda, a comadre enaltece a forma de Botelho falar o dialeto cuiabano, com orgulho das próprias origens. “Ocês já reparara no sotaque de Botelho? Ah, demais de Cuiabano, aquele jeitão dele de falar. É a gente, nossa, fala cuiabanês, num tem?”.