O presidente interino da Agência de Regulação dos Serviços Públicos do Estado de Mato Grosso (Ager), Luís Arnaldo Faria de Mello, teve a nomeação revogada pelo governador Pedro Taques (PSDB). Ele foi afastado do cargo pelo Tribunal de Justiça na última quarta-feira (25), por suposto envolvimento no esquema desbaratado por meio da Operação Rota Final.
A decisão foi publicada no Diário Oficial que circula nesta sexta-feira (27) no Estado. Mello estava à frente da autarquia desde o início do mês em substituição a Eduardo Moura, que deixou o cargo por orientação partidária. Ambos são citados nas investigações da Delegacia Fazendária (Defaz), que apura fraudes em concessões do sistema intermunicipal de transporte do Estado.
“O governador do Estado de Mato Grosso, no uso de suas atribuições legais, resolve revogar o ato Governamental n° 24.407/2018 que designou, Luis Arnaldo Faria de Mello, diretor regulador de Transportes e Rodovias, para responder, interinamente, pelo cargo de Direção Geral e Assessoramento, Nível DGA-2, de Presidente Regulador da Agência Estadual de Regulação dos Serviços Públicos Delegados, a partir de 26 de abril de 2018”, diz a publicação.
Além de ter sido afastado do cargo, Mello está impedido de frequentar as dependências da autarquia, bem como da Secretaria de Infraestrutura (Sinfra) e do Centro de Processamento de Dados do Estado de Mato Grosso (Cepromat) por determinação do desembargador o Guiomar Teodoro Borges.
Ele também não pode manter contato com colegas de trabalhos dessas secretarias ou autarquias e demais investigados. O mesmo vale para Moura.
Eles são acusados de se associarem ao presidente e o diretor financeiro da Verde Transportes, Eder Pinheiro, e ao sócio da Viação Xavante Ltda, Júlio César Sales Lima, principais alvos da operação.