O presidente eleito Jair Bolsonaro afirmou que não permitirá a venda de terras agricultáveis aos chineses. Em entrevista à TV Band, ele comentou pela primeira vez as relações comerciais com a China, depois de ter recebido, na manhã de hoje (5), a visita do embaixador da China no Brasil, Li Jinzhang, e dos ministros Song Yang e Qu Yuhui.
"Eu tenho falado que todos os países podem comprar no Brasil. Agora comprar o Brasil, não. Aí é outra história", destacou. "Eu vejo com muita preocupação a possibilidade de o Brasil vender terras agricultáveis, porque eles vão matar o nosso agronegócio. Seja China, seja o país que for", disse. E continuou: "A Austrália não permite isso. Houve a intenção da China de comprar terras lá, mas não houve essa possibilidade. E aqui nós devemos agir da mesma maneira. Se você abre para outro país qualquer, você vai perder a garantia alimentar."
"Não teremos nenhum problema [com a China], pode ter certeza que o nosso comércio poder ser até ampliado”, salientou. “Está na cara que a China não quer parar de fazer negócio conosco, nem nós com eles. É o nosso primeiro parceiro comercial. Eles querem ampliar", relatou.
Bolsonaro contou ter sido convidado para ir à China. "Querem que eu vá, o mais cedo possível, para a China. O Paulo Guedes estava presente. Foi falado, por parte dele, que nós podemos agregar valor naquilo que nós exportamos. Porque você não pode ser um país de apenas exportar commodities. A questão dos minérios, um dia vai acabar. E a gente vai viver do quê?”, questionou.