Quarta-feira, 11 de Dezembro de 2024

POLÍTICA Sexta-feira, 11 de Dezembro de 2020, 14:32 - A | A

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QUEDA DE BRAÇO PARTIDÁRIA

Janaína cita "picuinhas" e assegura que não deixará o comando do MDB em Cuiabá

Rafael Martins /Marisa Batalha - O Bom da Notícia

A deputada estadual, Janaína Riva, do MDB, defendeu a sua posição no comando do diretório municipal do partido, ao garantir que teria assumido o comando da sigla, na capital, após o afastamento de Francisco Faiad.

Mas desde a oficialização do nome da deputada para dirigir o diretório em Cuiabá, cresceram os boatos de racha na sigla. Mas, de acordo com Janaina, a mudança, no entanto, teria o objetivo "apaziguar" os ânimos internamente, bem ao contrário da rede de fofocas instalada na legenda. 

Desde que foi reeleito, o prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro[que é emedebista], tem colocado pessoas mais próximas dele, como seu coordenador da campanha, Vanderlúcio Rodrigues (PP), como seu porta-voz, em supostas mágoas partidárias.

Desde que foi reeleito, o prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro[que é emedebista], tem colocado pessoas mais próximas dele, como seu coordenador da campanha, Vanderlúcio Rodrigues (PP), como seu porta-voz, em supostas mágoas partidárias.

E que o prefeito estaria se sentindo 'traído', por sua legenda e por outras lideranças, que teriam lhe virado as costas no segundo turno das eleições, na crença que seria derrotado pelo seu adversário, Abílio Junior(Podemos). 

Recentemente, Vanderlúcio teria, inclusive, nominado alguns líderes emedebistas que deixaram Emanuel sozinho na campanha como o presidente regional, Carlos Bezerra e os deputados estaduais, Janaina Riva, Thiago Silva, Drº João, além de Valtenir Pereira e Silvano Amaral que, simplesmente o ignoraram. 

Conforme noticiou O Bom da Notícia, a mudança na direção do partido ocorreu na última quarta-feira (9), quando Carlos Bezerra foi até a Assembleia se reunir com a deputada. Quando ficou definido que a deputada Janaína Riva assumiria a Comissão Provisória do partido na capital.

“Nós tomamos uma definição com Bezerra e com a executiva estadual, pois da forma que estava não poderia ficar. Isso não estou falando da condução do Faiad pessoalmente, mas no âmbito partidário, a forma como o partido estava sendo conduzido, estava sendo agredido, daquele jeito não poderia ficar”, explicou Janaína.

Que ainda lamentou ter assumido no tapetão, mas acredita que não poderia ser diferente. “Nós não gostaríamos de ter assumido a presidência dessa forma, nem de ter tomado essa decisão, porque nosso objetivo realmente era acalmar os ânimos e era isso que a gente queria fazer”.

Entretanto, a reação do grupo próximo a Emanuel - à decisão da direção estadual - foi imediata e foi convocada uma reunião para, inclusive, destituir Janaína e votar uma nova composição para o diretório da capital.

Mas como a parlamentar já teria antevisto esta possibilidade, foi articulada uma estratégia partidária para evitar o desgaste com a destituição e, ao final, o cacique da legenda, Carlos Bezerra, definiu que não haveria nova mudança.

“Não vai ter reunião. Bezerra me disse que isso já foi descartado e nós vamos esperar até que haja uma conversa com Emanuel, com o grupo. Quem sabe a gente consiga apaziguar os ânimos e fazer com que o partido volte a pensar no futuro e parar com essas picuinhas e agressões”.

Ela defende maior flexibilidade nos diálogos e garante que não pretende se perpetuar na presidência provisória. Disse não ver problemas em construir uma chapa diferente, entretanto, admitiu que o clima interno é de ruptura.