Há 20 dias da eleição, o deputado federal Nilson Leitão (PSDB), que disputa uma das duas vagas ao Senado neste ano, já atingiu o teto máximo de doações para o cargo que disputa.
Conforme resolução do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), os postulantes a senador não podem contrair despesas que, somadas, ultrapassem o montante de R$ 3 milhões. Desta forma, os recursos arrecadados em “excesso” terão que ser devolvidos.
Até o momento, o parlamentar tucano já arrecadou R$ 3,024 milhões para sua campanha eleitoral. Deste montante, R$ 2 milhões foram doados pela Nacional do PSDB. Além disso, Leitão recebeu contribuição de peso como a dos empresários Armando Martins de Oliveira, que doou R$ 400 mil; Odílio Balbino Filho, que contribuiu com R$ 250 mil, e Rubens Ometto Silveira Mello, que ofertou R$ 100 mil ao candidato a senador.
No que tange a gastos, entretanto, Leitão, se quer atingiu a metade do valor permitido pela Justiça Eleitoral. Até o momento, o deputado apresenta uma despesa de R$ 1,1 milhão, sendo o seu maior investimento a produção de programa eleitoral de rádio e TV.
Somente com este quesito, o parlamentar já gastou R$ 267 mil. Já com materiais gráficos como santinhos, praguinhas e adesivos, o tucano desembolsou R$ 197,4 mil até o momento.
Depois de Leitão, quem mais arrecadou recursos para a campanha eleitoral foi a ex-reitora da UFMT Maria Lúcia Cavalli (PCdoB). Conforme o sistema de prestação de Contas do Tribunal Regional Eleitoral (TRE), ela já angariou pouco mais R$ 1,6 milhões, sendo este montante destinado pela Nacional do seu partido.
Além disso, ela ainda recebeu pequenas doações de pessoas físicas. As despesas declaradas pela socialista, entretanto, ainda estão baixas. Maria Lúcia afirma que gastou até o momento apenas R$ 398,3 mil com a campanha eleitoral. A sua maior despesa foi de R$ 180 mil com a produção de programa eleitoral.
Já o ex-governador Jayme Campos (DEM) apresenta uma receita de R$ 1,5 mil, sendo R$ 800 mil doados pela Nacional do DEM e R$ 703,7 mil por ele próprio. Em contrapartida, ele é o campeão de gastos até agora.
O democrata já desembolsou R$ 1,3 milhões com a sua campanha eleitoral. Deste montante, R$ 300 mil foram investidos na produção do programa eleitoral e mais R$ 300 mil em serviços de marketing.
No total, a disputa por duas vagas no Senado Federal conta com 11 concorrentes. De todos, o único que apresenta uma despesa maior que a receita é o ex-vice-governador Carlos Fávaro (PSD).
O social democrata arrecadou apenas R$ 473,2 mil até o montante, sendo que R$ 248,2 foram doados pela Estadual de sua legenda, a qual ele é presidente.
A sua despesa, contudo, está na ordem de R$ 747,5 mil. Os maiores gastos de Fávaro são com materiais gráficos, R$ 353,5 mil, e com a produção de programas eleitorais, R$ 268,2 mil.